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CMBH: comissão sobre anulação de tarifa a R$ 6 já tem relator e presidente; veja quem são eles

Relatório sobre projeto que susta decreto de reajuste das tarifas dos coletivos pode ser votado no dia 18, mesma data de reunião entre prefeitura e concessionários dos coletivos

Debate sobre anulação de decreto do aumento da passagem vai chegar ao plenário da Câmara após aval de comissão

A comissão formada pela Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) para analisar a possibilidade de anular o aumento, a R$ 6, das tarifas de ônibus, vai ser presidida pelo vereador Irlan Melo (Patriota). A relatora do grupo será Loíde Gonçalves, do Podemos. Eles foram escolhidos para os cargos nesta sexta-feira (12), durante a primeira reunião do grupo.

Como mostrou a Itatiaia mais cedo, os bastidores da Câmara já apontavam Irlan e Loíde como os nomes responsáveis pelos postos estratégicos do colegiado.

Na prática, os sete vereadores da comissão vão ter de analisar o Projeto de Resolução (PRE) que propõe sustar o decreto do prefeito Fuad Noman, do PSD, determinando o aumento.

Jorge Santos (Republicanos) chegou a anunciar aos colegas que seria candidato à presidência do comitê, mas uma sequência de votos em Irlan Melo fez com que ele resolvesse apoiar a indicação do parlamentar do Patriota.

Entre o fim de 2018 e abril deste ano, a tarifa-base dos coletivos de Belo Horizonte foi de R$ 4,50. O novo preço, de R$ 6, representou reajuste de 33%.

Depois que o relatório da comissão formada para analisar a possibilidade de sustar o decreto estiver pronto, o Projeto de Resolução vai ser votado em turno único em plenário.

Se 21 dos 41 integrantes da Câmara Municipal sinalizarem positivamente, o Legislativo terá derrubado o decreto sobre o reajuste.

Além de Irlan, Loíde e Jorge, a comissão tem Henrique Braga (PSDB), Cláudio do Mundo Novo (PSD), Braulio Lara (Novo) e Ciro Pereira (PTB).

Relatório pode ditar rumos de impasse

A comissão vai funcionar em meio às conversas da prefeitura e da Câmara com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH). Na quinta-feira (18), as partes têm uma reunião para tratar do valor da passagem e do tamanho do subsídio público repassado às empresas do setor.

O relatório de Loíde Gonçalves, aliás, pode ser votado no mesmo dia da reunião sobre o preço das tarifas. Na avaliação de interlocutores ouvidos sob reservas pela reportagem, um possível parecer sugerindo a anulação do decreto seria um novo elemento posto na mesa de negociações.

O Setra-BH, vale lembrar, pediu subvenção de R$ 740 milhões para voltar a cobrar R$ 4,50 dos passageiros. Fuad Noman, porém, sinalizou que não há caixa para arcar com tal valor.

Graduado em Jornalismo, é repórter de Política na Itatiaia. Antes, foi repórter especial do Estado de Minas e participante do podcast de Política do Portal Uai. Tem passagem, também, pelo Superesportes.