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Ministro Alexandre de Moraes determina desobstrução imediata da Raja Gabaglia e multa a manifestantes em BH

Medida se dá horas após ação judicial que pedia a manutenção do ato na região Oeste de Belo Horizonte

Órgãos municipais estiveram na avenida Raja Gabaglia nessa sexta

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou desobstrução imediata da avenida Raja Gabaglia, na região Oeste de Belo Horizonte, onde apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestam desde o segundo turno das eleições.

A medida se dá horas depois de ação judicial que pedia a manutenção do ato em frente ao Comando da 4ª Região Militar da capital. Nessa sexta-feira (6), a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) realizou uma operação para liberar a via e retirar o grupo do local.

Moraes determinou, ainda, que todos os veículos presentes sejam identificados, e que seja aplicada multa de R$ 100 mil a cada hora de permanência no local. Manifestantes que descumprirem a decisão também estão sujeitos à multa. A determinação inclui também a desobstrução da área militar nas redondezas da avenida.

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Outra determinação do ministro foi aplicação de multa, também de R$ 100 mil, para Esdras Jonatas dos Santos (tido como líder do movimento) e Roberto Carlos de Abreu (dono do veículo de som posicionado na avenida), “qualificados no requerimento, sem prejuízo de majoração desses valores caso persistam na conduta ilícita”.

A decisão de Moraes é válida como mandado judicial, e foi encaminhada ao presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), ao Procurador-Geral de Justiça do Estado, o governador e o Comandante da Polícia Militar (PM), “para cumprimento imediato desta decisão, em apoio aos órgãos municipais já mobilizados para a desobstrução dos locais públicos”.

Pelas redes sociais, o prefeito Fuad Noman (PSD) agradeceu ao ministro “pela postura firme na defesa da ordem pública ao acatar nosso recurso e determinar a imediata desobstrução da Avenida Raja Gabáglia em todo o seu entorno. O Estado Democrático de Direito é condição inegociável”.

Em nota, o executivo municipal afirmou que “acompanha de perto a situação e tomará as providências necessárias para o cumprimento da decisão”.

A reportagem entrou em contato com os órgãos citados no documento, mas não houve retorno até a publicação desta matéria.

Jornalista formado na PUC Minas. Experiência com reportagens, apresentação e edição de texto em televisão, rádio e web. Vivência em editorias de Cidades e Esportes.