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Meirelles defende ‘limite’ para gastos fora do teto pelo novo governo

Ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central participou de palestra em Nova York

Henrique Meirelles palestrou em evento da Lide em Nova York

O ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, defendeu nesta terça-feira (15), que o governo eleito tenha um “limite” de despesas fora do teto de gastos. A declaração foi dada no encontro do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em Nova York.

“A excepcionalidade é a licença que o Congresso Nacional dá através de uma PEC para se gastar acima do que está aprovado. Até aí, tudo bem, é necessário. Mas o que temos que olhar com cuidado é que essa licença para gastar tem que ter um limite”, afirmou Meirelles.

O ex-ministro apoiou o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições e teve o nome cotado para integrar a equipe econômica do governo eleito. No entanto, Meirelles não apareceu, até o momento, na equipe de transição que vem sendo coordenada pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB).

Meirelles criticou, ainda, que o Brasil ainda não começou a debater um prazo para a excepcionalidade no teto de gastos acabar.

“O grande problema que não está sendo debatido no Brasil, no momento, é o que fazer depois. Não é simplemente subir as despesas previstas”, disse.

A PEC da Transição, Proposta de Emenda à Constituição que vem sendo debatida no Congresso Nacional, deve ser apresentada nesta quarta-feira (16). Ainda não se sabe detalhes do texto, mas aliados do presidente eleito querem excepcionalizar os gastos relacionados ao Auxílio-Brasil, que é de cerca de R$ 175 bilhões ao ano.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.