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Com investimento total de R$ 13 milhões, em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a
Em entrevista exclusiva à Itatiaia, o reitor da UFU, professor Carlos Henrique Carvalho, afirmou que as obras do parque no campus Glória estão avançadas, com projeção de inauguração em agosto de 2026. “Isso vai facilitar muito a aproximação da universidade, pensando em inovação, pensando em empreendedorismo, com a sociedade”, disse.
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Quando a obra estiver pronta, a universidade espera comportar entre 60 e 80 empresas dentro do TecnoUFU. O parque deve facilitar a transferência de conhecimento científico e tecnológico ao aproximar a Federal de Uberlândia com outros centros de pesquisa e empresas da região, incluindo o polo tecnológico em construção pela prefeitura, e os demais centros que a própria UFU está preparando.
Além do parque tecnológico, a universidade projeta um Centro de
O reitor afirma que o objetivo é desenvolver pesquisas sobre transição energética conjugada com o parque e o laboratório termoquímico, que vai processar resíduos de esgoto e transformar em gás por um processo de condensação, e do gás virar energia. “Depois de todos os testes, validações realizadas, a ideia é transformar em uma usina que atende pequenos municípios. Dependendo do tamanho, a usina pode atender as demandas elétricas desses municípios”, disse.
Pacto pela inovação
Dentro da comunidade empresarial de Uberlândia, a universidade federal é sempre lembrada como um polo de desenvolvimento. Para o reitor da instituição, o reconhecimento se dá por uma importância lógica. “As pessoas citam a Universidade porque não há inovação sem pesquisa. Sendo uma Universidade Federal com vários laboratórios em todas as áreas do conhecimento, e realizando pesquisa de alta qualidade, a UFU é sempre lembrada”, emendou.
A universidade, somada a entidades como o Sebrae, a comunidade de startups do Uberhub, a Associação Comércial e Industrial de Uberlândia (Aciub) e a Prefeitura local, assinaram o Pacto pela Inovação, no final de 2024. A parceria prevê a implementação de projetos voltados ao setor de inovação e tecnologia.
Recentemente, a UFU também assinou um convênio para trabalhar em soluções de 144 problemas da prefeitura de Uberlândia. Um deles já vai ser tratado com o laboratório termoquímico a ser entregue em dezembro. Outro exemplo é a formação de servidores em Inteligência Artificial, onde a entidade estuda a implementação de cursos para a área.
“Existem projetos de transporte, energéticos, habitacionais. A prefeitura apresentou 144 dificuldades, nós reunimos 200 pesquisadores. Algumas coisas nós temos que começar a pesquisa, e outras coisas nós já tínhamos em andamento. Com isso, nós conseguimos atender algumas dificuldades da prefeitura de Uberlândia”, completou.
Centro de Empreendedorismo e Inovação
A UFU também trabalha para construir seu Centro de Empreendedorismo e Inovação de Uberlândia, um projeto da diretoria de Inovação e Transferência de Tecnologia, ligada à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação. O ambiente vai permitir uma dinâmica de trabalho compartilhada entre estudantes, pesquisadores e parceiros que atuarão na formação de startups, projetos de base tecnológica e ações de inovação social.
Segundo a diretora de Inovação e Transferência de Tecnologia, Luciana Carvalho, o espaço vai potencializar a transferência de conhecimento científico e tecnológico do que é feito dentro da universidade para a sociedade do Triângulo.
“Somos a ponte da interação entre nossos pesquisadores e nossos ambientes promotores de inovação com a sociedade. Hoje, a gente tem alguns projetos que vão desde educação empreendedora, como o laboratório de inovação para alunos do ensino médio e nossa escola básica, como projetos para graduação, que são os centros de empreendedorismo, e os projetos diretos para a sociedade, como a incubadora de empresas”, explicou.
Segundo a diretora, a UFU já atendeu oito turmas somando 130 estudantes de escolas públicas no laboratório de inovação, com projetos de iniciação científica e trilha empreendedora. Os alunos ainda recebem uma bolsa de ajuda de custo no valor de R$ 300.
No meio desse ecossistema complexo, a Universidade ainda conta com o Centro de Incubação de Atividades Empreendedoras (CIAEM), que incentiva a criação e o desenvolvimento de novas startups com assessoria e capacitação em gestão empresarial, e a Agência Intelecto, que trabalha na transferência e proteção da propriedade intelectual dos pesquisadores.
*O repórter viajou à Uberlândia a convite do Sebrae Minas