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Desde ações de pesquisa e desenvolvimento (P&D), inovação aplicada ao setor produtivo até apoio a instituições, o estado oferece iniciativas para impulsionar o setor cafeeiro. De 2019 até o momento, já foram atraídos mais de R$ 1,8 bilhão em investimentos no setor do café em Minas, resultando em 1.911 empregos diretos.
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“Estamos contando com investimentos mais robustos, tanto nas áreas de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), quanto na agregação de valor, visando toda a cadeia produtiva do café. Isso cria um ambiente de negócios cada vez mais favorável para quem deseja investir em Minas Gerais”, afirma o secretário executivo da Sede-MG, Bruno Araújo.
Pioneirismo e inovação
Recentemente, uma das empresas atraídas para Minas Gerais foi a Mocoffee, multinacional de origem suíça que se instalou em Varginha, no Sul do estado. Com investimento inicial de R$ 20 milhões, a empresa inaugurou uma tecnologia inédita no Brasil para a fabricação das monodoses de café (cápsulas). O objetivo é atender empresas locais que antes precisavam encapsular seus produtos fora do país, tornando mais acessível.
A atuação da Mocoffee em Minas permite uma produção totalmente nacional, o que torna o valor de comercialização mais competitivo. O CEO da empresa, Ricardo Flores, destaca o apoio do Invest Minas. “Minas Gerais tem a maior diversidade de regiões produtoras de café no Brasil e é também reconhecido internacionalmente pela qualidade do café. Hoje, é reconhecido internacionalmente também por ser um estado atrativo para investimentos, com um ecossistema ideal para a implementação da Mocoffee”, afirmou Ricardo.
Incentivo à inovação
Um dos exemplos de inovação no estado é o projeto “Tecnologias aplicadas à produção de
Os pesquisadores do grupo de extensão e pesquisa “Da semente à xícara” aplicam inteligência artificial e tecnologias específicas para elevar a qualidade, produtividade e sustentabilidade dos cafés especiais do Cerrado Mineiro. A atuação é feita diretamente nas fazendas, com experimentos in loco, para orientar decisões dos cafeicultores.
A partir do projeto surgiram dois resultados: o Café Porandu, produto disponível no mercado que materializa a ciência e a tecnologia das pesquisas; e o Vila Café, evento com foco em democratizar o café especial em Minas Gerais.
“O projeto iniciou com editais de pesquisa e inovação, evoluiu para uma ciência aplicada e hoje ele tem impacto direto no mercado, no campo e na sociedade, consolidando os cafés de Minas Gerais em produtos de altíssima qualidade em sabor e aroma”, destacou Líbia Diniz, membro do projeto.
Ao todo, por meio dos editais Compete Minas, Alysson Paolinelli e Projeto de Ciência, Tecnologia e Inovação (PCTI), o Governo de Minas já aportou cerca de R$ 16,9 milhões em projetos de CT&I voltados para a cadeia produtiva do café, desde 2019. Esses incentivos alavancam o potencial de agregação de valor do café mineiro e impulsionam a economia do estado.