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Com o tema “Café em transformação: inovação, sustentabilidade e oferta do mercado global”, a SIC será realizada de 5 a 7 de novembro, no Expominas. O evento é realizado pela Faemg Senar, Sebrae Minas, Espresso Company e Governo de Minas.
A expectativa é reunir 25 mil visitantes, com 240 expositores de todos os estados do Brasil, vários países compradores e gerar R$ 150 milhões em negócios.
Evento é realizado pela Faemg Senar, Sebrae Minas, Espresso Company e Governo de Minas
Ana Carolina Gomes, analista de agronegócios do Sistema Faemg Senar e especialista em café contou um pouco da programação da maior edição da SIC.
“A SIC é o palco para as grandes discussões do que vem moldando a cafeicultura como um todo. No primeiro dia a gente traz mais uma visão de tendências e perspectivas, tanto do consumo quanto da produção. No segundo dia a gente traz um olhar mais voltado para a produção, principalmente no que tange a sustentabilidade e boas práticas adotadas em campo”, contou à Itatiaia.
Já no terceiro dia, o evento abre ao público pela primeira vez. “Uma novidade para esse ano, a gente vai realizar o Café da Semana, que é onde a gente vai trazer um dia especial para os Coffeelovers. Ou seja, o consumidor que gosta de um cafezinho vai ter oportunidade de ir na Semana Internacional do Café, degustar os cafés de diferentes origens, diferentes produtores, diferentes nuances e gostar ainda mais do café que já está no gosto do brasileiro”, destacou a analista da Faemg.
Além das degustações e experiências, o Sebrae terá consultorias gratuitas para os cafeicultores interessados. “As consultorias gratuitas são para quem quer empreender ou já empreende no no café, no negócio de café como um todo. O café dá negócio, é a bebida mais consumida no mundo depois da água. Não tem jeito de dar errado”, ressaltou a gerente de Agronegócios do Sebrae, Priscila Lins.
Caio Fontes da Espresso&Co, realizadora do evento, pontuou sobre o investimento em conteúdo e informação aos produtores e empresários do setor.
“A gente investe muito na grade de conteúdo, porque no momento hoje de mercado, as discussões, mostrar quais são as previsibilidades, para onde o mercado tá indo. Isso tanto pro produtor, como até pro empreendedor que tá começando um novo negócio, seja na indústria ou no consumo, numa cafeteria, ele precisa entender qual é a dinâmica hoje do mercado. É um crescimento bastante horizontal em várias frentes”, afirmou.
Brunch de lançamento da SIC
Sustentabilidade
Um dos focos da SIC é a sustentabilidade no setor. Segundo a analista da Faemg, o consumidor está cada vez mais buscando opções sustentáveis. “Hoje o consumidor tem consciência disso. Ele sabe o café que ele está consumindo, e cada vez mais busca por cafés e produtos com boas práticas: café certificado, com origem, procedência e a qualidade hoje ela é um requisito que não se abre mão”, explicou Ana Carolina Gomes.
Com a exigência do consumidor, os produtores devem ficar atentos e investir na sustentabilidade na produção, desde o plantio até o produto final.
“Se ele é quer ser um empresário de sucesso, seja produtor ou indústria, ele precisa atender esse consumo que tá super preocupado com essa questão da sustentabilidade. Então, o mercado exige e o empresário precisa de estar atendendo essa demanda. E ela é super legítima e é importante para o produtor. A COP está aí e vai mostrar uma série de dados novos de que o clima está esquentando mesmo e que a gente precisa de fazer alguma coisa”, ressaltou Priscilla Lins.
Preço alto mas brasileiros não deixam de tomar café
Segundo a analista Ana Carolina Gomes, o café é um produto inelástico. “Mesmo com grandes aumentos do preço, o consumo não se altera em grandes proporções. A gente teve essa pequena queda no consumo, mas isso também vem em detrimento a redução dos estoques e a redução da oferta da produção”, explicou à reportagem.
Dados da pesquisa “Café – Hábitos e Preferências do Consumidor (2019–2025)”, do Instituto Axxus encomendada pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), revelam que
Essa mudança de hábito já se reflete no mercado. No acumulado de janeiro a agosto de 2025, as
“Isso é uma consequência de cinco safras que a gente vem passando por uma restrição na oferta e que acaba enxugando o café disponível para a população, pressiona preço, aumenta o preço e que consequentemente já era esperado essa redução mínima no consumo, mas normalizando a oferta isso tende a ser normalizado que o brasileiro não abre mão do seu cafezinho”, afirmou.