A inflação do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apresentou forte desaceleração em outubro, passando de uma
O grupo Alimentação e Bebidas, que possui o maior peso na composição do indicador, foi um dos motivadores da queda. Após uma sequência de quedas nos meses anteriores, o grupo atingiu praticamente a estabilidade média de preços, variando 0,01% em outubro.
Esse resultado é o menor para um mês de outubro desde 2017 (quando registrou deflação de 0,05%), e contribuiu para que a inflação geral do país freasse.
Movimentos opostos na cesta básica
A estabilidade do grupo, no entanto, é fruto de uma compensação entre a queda dos preços nos supermercados e a aceleração nos estabelecimentos de rua.
Alimentação no domicílio: em queda
A alimentação consumida em casa registrou uma deflação de 0,16%. Entre os itens que aliviaram o bolso do consumidor, destacam-se:
- Arroz: queda de 2,49%
- Leite Longa Vida: queda de 1,88%.
Por outro lado, o grupo ainda sentiu a pressão de alguns itens essenciais, como a batata-inglesa (8,56%) e o óleo de soja (4,64%), cujas altas foram insuficientes para reverter a tendência de queda do segmento.
Alimentação fora do domicílio: em alta
O consumo de alimentação fora de casa acelerou e foi o único ponto de pressão do grupo. O subitem saiu de uma variação de 0,11% em setembro para 0,46\% em outubro.
A alta foi puxada tanto por refeições quanto por lanches:
- Lanche: acelerou de 0,53% para 0,75%
- Refeição: saiu de deflação de 0,16% e registrou alta de 0,38%
O economista Fernando destacou que a estabilidade dos alimentos, aliada à queda no grupo Habitação, foi crucial para a desaceleração geral. “Isso, aliado à queda no grupo Habitação, contribuíram para a desaceleração observada. A título de ilustração, o resultado do índice de outubro sem considerar o grupo dos alimentos e a energia elétrica ficaria em 0,25%”, explicou o especialista, sublinhando o impacto do setor de alimentos no resultado.