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Fiemg diz que MP do Setor Elétrico pode prejudicar a transição energética

Entidade critica o favorecimento de usinas movidas a carvão mineral e defende o investimento em hidrelétricas

Presidente da Fiemg, Flávio Roscoe afirma que país deve focar na modernização reduzindo os subsídios ineficientes

A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) afirma que a Medida Provisória de número 1.304/2025, aprovada pelo Congresso Nacional nesta quinta-feira (30), traz avanços para a modernização do setor elétrico brasileiro. Contudo, a entidade alerta para pontos que podem comprometer a transição energética e reduzir a competitividade da indústria nacional.

Segundo a Fiemg, é necessário suprimir alguns dispositivos da MP que criam encargos e mantêm privilégios às usinas termelétricas, poluentes movidas a carvão mineral. O texto aprovado pelos parlamentares mantém a ideia do governo de reduzir os subsídios que tornam a conta de luz mais cara, mas mantém a previsão do governo comprar energia a carvão até 2040.

“O texto da MP traz avanços relevantes para o setor, mas ainda preserva alguns pontos que são prejudiciais, gerando custos desnecessários que contrariam o caminho da modernização e da energia limpa. É possível aprimorar a proposta, mantendo o foco em tarifas justas, segurança energética e sustentabilidade para consumidores e para o setor”, disse o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe.

A Fiemg ressalta que o compromisso do Congresso deve estar voltado à modernização do setor com a redução de subsídios ineficientes, além da expansão segura do mercado livre e fortalecimento de fontes limpas. A entidade destaca a necessidade de valorização das hidrelétricas.

“A aprovação do texto sem ajustes pode elevar o custo da energia, fazer com que os recursos continuem sendo mal direcionados e levar o Brasil a perder o protagonismo na agenda global de energia limpa e sustentável”, completa Roscoe.

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Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.