O Comitê de Política Monetária (Copom)
O Copom também destacou na decisão um ambiente externo de incerteza em função da “conjuntura política e econômica nos Estados Unidos”, exigindo cautela dos países emergentes. “Os riscos para a inflação, tanto de alta quanto de baixa, seguem mais elevados do que o usual”, disse.
“O Comitê segue acompanhando os anúncios referentes à imposição de tarifas comerciais pelos EUA ao Brasil, e como os desenvolvimentos da política fiscal doméstica
Destacando o cenário de “elevada incerteza”, os diretores ressaltaram que o momento exige cautela na política monetária, e que o Comitê se manterá vigilante, avaliando se a manutenção da taxa básica de juros elevado é suficiente para convergir a inflação para o centro da meta. “Os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado”, completou.
A decisão já era esperada pelo mercado financeiro. Os investidores apostavam na manutenção da Selic, considerando que a
A boa notícia foi a queda na taxa de juros dos Estados Unidos, também nesta quarta-feira (17). O Federal Reserve
O economista sênior do Banco Inter, André Valério, explica que essa diferença é um dos principais determinantes da taxa de câmbio, e quanto maior, menor é a pressão de depreciação cambial. “Isso é importante pois um câmbio depreciado tende a gerar repasse inflacionário, aumentando os preços dos bens em reais”, disse.
Segundo ele, esse fato é relevante considerando a possibilidade de corte na Selic no futuro, valorizando a moeda brasileira. “Com isso, o banco central brasileiro tem maior espaço para reduzir a taxa de juros sem gerar pressões adicionais no câmbio, o que poderia acontecer se cortássemos a taxa de juros aqui sem a contrapartida do corte lá fora”, destacou.