Aliados do atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmam que a candidatura de Marinho não vingará. Dos 81 senadores, os apoiadores de Pacheco contam que ele terá no mínimo 55 votos, podendo chegar a 58 e ao favorito. Já o ex-ministro Rogério Marinho, senador pelo PL do Rio Grande do Norte, com apoio formalizado neste sábado (28) do bloco Republicanos PP e PL, teria garantidos 23 votos desse grupo.
Em discurso com a presença de vários bolsonaristas na sede do PL em Brasília, inclusive dos ex-ministros Ricardo Salles, Tereza Cristina e Marcelo Álvaro Antônio, Marinho - sem citar nominalmente o ministro do STF - alfinetou Alexandre de Moraes, que consultou a Procuradoria Geral da República (PGR) sobre o pedido de suspensão da posse de eleitos que teriam apoiado os
Marinho também disse que o papel do Congresso é impedir que o governo Lula (PT) imponha as agendas petistas e acabe com o legado de Bolsonaro. “Uma boa parte desse legado está em risco. Nós precisamos fazer o contraponto. Nós precisamos moderar a avidez, eu diria os excessos que nós estamos assistindo, daqueles que estão chegando ao governo e que no afã de impor a sua agenda querem destruir o que foi feito de forma virtuosa a favor do Brasil. Darei exemplos: a reforma trabalhista, a reforma previdenciária, a autonomia do Banco Central, a lei de liberdade econômica, a lei das terceirizações… que não pertence a esse ou aquele governo pertence à sociedade brasileira”, disse.
O senador Flávio Bolsonaro também falou com a imprensa. Ele pediu que os parlamentares do PL revelem seus votos e disse que eles precisam votar unidos e vão fazê-lo. “Se nós vimos tudo acontecer nos últimos meses é porque talvez quem estivesse sentado na cadeira de presidente do Senado não teve a capacidade ou a visão para buscar essa pacificação, para promover o diálogo, que é assim que a gente busca essa unidade no parlamento. A qualidade líder do PL, o voto incondicional da bancada fechada. Nós vamos promover também um pedido dentro da bancada para que todos possam abrir o seu voto de uma forma transparente”.
A fala de Flávio Bolsonaro pode colocar, por exemplo, o senador Carlos Viana (PL-MG) em situação complicada, já que se ele votar em Marinho para atender ao partido fica contra Pacheco que, além de ser o presidente da casa, é parte da bancada mineira. Viana ainda não abriu seu voto. Vale lembrar que a votação é secreta e, nas votações secretas, nem sempre o combinado é o registrado.