Pesquisadores da Embrapa Pesca e Aquicultura (TO) deram um passo importante na reprodução artificial do peixe
Parte do projeto internacional Aquavitae, pesquisadores conseguiram analisar e descrever as células espermáticas do peixe, a fim de comprovar a viabilidade de sexagem e coleta de sêmen. Este avanço é considerado essencial para garantir a oferta de alevinos, os peixes recém-nascidos.
A crescente demanda do setor produtivo por uma reprodução artificial do Pirarucu se dá pelo fato da espécie conhecida na Amazônia estar em ameaça de extinção, devido à
Desafios
A domesticação do peixe tem sido um dos maiores desafios da ciência brasileira atualmente. Segundo a Embrapa, boa parte da sua reprodução ocorre de forma natural e estima-se que, entre 10 a 15 casais formados, apenas três ou quatro irão se reproduzir a cada ano. Um cenário diferente da
Um dos principais desafios enfrentados pelos pesquisadores a respeito do Pirarucu se deve à dificuldade de encontrar um método para identificar machos e fêmeas. Além disso, até então, não haviam tecnologias desenvolvidas para realizar a biópsia ovariana na espécie ou para extração de sêmen de modo que o espermatozoide não fosse ativado.
Novo método
Com os avanços, os pesquisadores desenvolveram um método de canulação, no qual um tubo estreito é inserido no “oviduto” do animal, permitindo
O que é o Projeto Aquavitae?
O Aquavitae reúne 29 instituições de 16 países americanos, africanos e europeus com o objetivo de aumentar a produção aquícola por meio de pesquisas no prazo de quatro anos.
Várias inovações estão sendo desenvolvidas no projeto, que visa impulsionar a aquicultura nas regiões banhadas pelo Atlântico, sendo um marco importante para a sustentabilidade e o desenvolvimento do setor pesqueiro.