Santa Catarina proíbe tilápia do Vietnã por risco sanitário e ameaça à economia local

Portaria publicada nesta quinta (18) proíbe comercialização e transporte do peixe em todo o estado; medida visa barrar vírus TilV e proteger produção catarinense

Medida abrange desde o peixe fresco ou congelado até produtos processados e subprodutos

O governo de Santa Catarina, por meio da Secretaria Executiva da Aquicultura e Pesca, proibiu oficialmente a entrada, o trânsito e a venda de tilápia originária do Vietnã em território estadual. A medida, publicada nesta quinta-feira (18), tem caráter preventivo e imediato, abrangendo desde o peixe fresco ou congelado até produtos processados e subprodutos para alimentação animal.

A decisão foi motivada pelo risco de introdução do vírus TilV (Tilapia lake Virus), uma ameaça sanitária que pode causar grandes prejuízos à produção de peixes. Como a análise de risco de importação ainda não foi concluída em esfera federal, o estado decidiu agir para proteger sua cadeia aquícola, considerada estratégica para a economia catarinense.

Abrangência da proibição

A portaria é rigorosa e detalha que estão vetados os seguintes itens de origem vietnamita:

  • Tilápia inteira, eviscerada, em postas ou filés;
  • Produtos destinados ao consumo humano e industrial;
  • Itens para alimentação animal e subprodutos.

Vale ressaltar que a regra não é retroativa. Lotes que já estavam no estado antes da publicação desta quinta-feira (18) não são afetados pela proibição, mas devem ser monitorados.

Regras para o setor e fiscalização

Estabelecimentos que trabalham com armazenamento, transporte ou venda de tilápia devem realizar a identificação e a segregação imediata de qualquer lote vindo do Vietnã. Além de interromper a comercialização, as empresas precisam manter registros fiscais e sanitários por pelo menos 12 meses para fins de controle.

Além da questão sanitária, o texto da portaria destaca a preocupação com os impactos ambientais e sociais, reforçando o papel da tilápia como um dos pilares da aquicultura no estado.

A fiscalização ficará a cargo da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), das vigilâncias sanitárias, do Procon/SC e de outros órgãos competentes.

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde

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