O livro ‘A Tumba de
Basti, que não pretendia investigar o tema, passou a se dedicar ao assunto após a prisão do ex-oficial nazista Erich Priebke em Bariloche, na Argentina, em 1994. Ele afirma que, ao longo de três décadas, reuniu depoimentos, documentos oficiais e material de inteligência internacional, além de indícios como restos de submarinos alemães na costa argentina.
A investigação do jornalista aponta contradições nos relatos de quatro testemunhas-chave: Heinz Linge, Otto Günsche, Erich Kempka e Artur Axmann, sobre o suposto suicídio e a cremação de Hitler e Eva Braun. “Todos os que afirmaram que Hitler se matou eram nazistas”, destaca Basti, que questiona divergências quanto à forma de morte, transporte, cremação e sepultamento dos corpos.
O jornalista lembra que a versão oficial descreve a cremação ao ar livre, em meio a bombardeios dos Aliados, mas investigações soviéticas e análises independentes não encontraram vestígios de pira funerária nos jardins da Chancelaria. Para Basti, isso reforça a hipótese de que a cena foi encenada para encobrir a fuga de Adolf Hitler e Eva Braun. “A notícia [de que foram cremados] permitiu encobrir a fuga de ambos”, conclui.