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O ‘tempero secreto’ que dá sabor de restaurante à comida caseira

Glutamato monossódico é usado há mais de um século para potencializar sabores e pode reduzir o sódio nas receitas

Imagem ilustrativa

Por trás de muitos pratos inesquecíveis em grandes restaurantes existe um ingrediente simples, mas poderoso: o glutamato monossódico. É a manifestação industrial do umami, considerado o quinto sabor básico do paladar humano, ao lado do doce, salgado, azedo e amargo, e foi descoberto em 1908 pelo cientista japonês Kikunae Ikeda.

O tempero é um pó branco e inodoro que não cria novos sabores, mas intensifica e harmoniza os já existentes. No Brasil, é produzido a partir da fermentação do melaço da cana-de-açúcar, em um processo semelhante ao usado para fabricar iogurte ou cerveja. A Anvisa e a FDA reconhecem seu consumo como seguro.

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A versatilidade é um dos trunfos do glutamato: vai bem em carnes, vegetais, sopas, molhos e pratos brasileiros como feijoada, moqueca ou risoto de camarão, além de receitas asiáticas adaptadas ao paladar nacional. Por não alterar o perfil original da comida, realça desde notas defumadas em linguiças e bacon até o frescor de legumes refogados.

O uso moderado é essencial. Profissionais indicam cerca de 1/4 de colher de chá para cada 500 g de alimento. Substituir parte do sal pelo glutamato monossódico pode reduzir até 37% o sódio sem comprometer o sabor. Para evitar excessos, é preciso ajustar outros ingredientes salgados como shoyu ou molho inglês.

Encontrado em supermercados, empórios e lojas online, o glutamato monossódico, se utilizado corretamente, transforma preparos simples em experiências gastronômicas ricas.

Jornalista graduado com ênfase em multimídia pelo Centro Universitário Una. Com mais de 10 anos de experiência em jornalismo digital, é repórter do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Antes, foi responsável pelo site da Revista Encontro, e redator nas agências de comunicação FBK e Viver.