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Pratos típicos mineiros que você precisa experimentar

A culinária mineira é baseada em misturas de sabores, texturas e tradições. Influências de povos originários e coloniais criam combinações com a cara de Minas

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As raízes da comida mineira são bem representativas do Brasil: nossas tradições culinárias são resultado de diferentes técnicas e costumes de várias culturas. A origem de tudo chega até o Brasil colonial – em especial, no período do Ciclo do Ouro.

O quiabo, por exemplo, veio da África e era muito usado por pessoas escravizadas. As raízes e cereais (como mandioca e milho) eram transformadas em farinhas graças ao conhecimento de povos indígenas. O mesmo se dá com o uso das folhas de couve rasgadas e ora-pro-nobis.

Alguns dos pratos adotados oficialmente como parte da cultura mineira vieram com os portugueses – é o caso do frango ao molho pardo (nossa adaptação da galinha à cabidela).

Ingredientes fundamentais na culinária mineira

Muitos dos pratos que representam o gostinho de Minas são misturas de vários diferentes elementos.

Confira quais são os ingredientes que não podem faltar nos pratos mineiros.

Carnes ensopadas

É difícil decidir a melhor parte das carnes ensopadas: se é o gosto que vem do preparo lento e do uso acertado dos temperos, ou se é misturar esse caldinho com um angu, arroz, ou só acrescentar um pouco de farinha mesmo.

Algumas das carnes ensopadas mais tradicionais que se come em Minas são o frango ao molho pardo, frango com ora-pro-nobis, o frango com quiabo e a vaca atolada.

Farinhas

Muitos dos pratos típicos de Minas nem existiriam se não fosse pelo uso de farinhas.

Um feijão tropeiro sem farinha acaba virando só um feijão cozido com embutidos.

A canjiquinha transforma uma bela costela assada, por exemplo, em mais do que uma carne ensopada – por mais saborosa que ela seja!

E que tal um angu para comer junto com um frango com quiabo, ou mesmo no preparo do bambá de couve? Sem a farinha de milho, literalmente, não tem liga.

Feijão

Feijão tropeiro, tutu de feijão, caldo de feijão, farofa de feijão andu: esse elemento básico da culinária brasileira é totalmente incorporado às cozinhas mineiras.

Folhas

Se a cozinha mineira tem carnes mais pesadas e pratos cheios de “sustança”, nada mais justo que colocar um pouquinho de leveza no prato junto com essas folhas.

Assim como a farinha, a couve é um elemento essencial para dar a cara mineira do feijão tropeiro. Também é muito usada em pratos com angu, como o bambá de couve.

Já o ora-pro-nobis é muito popular no frango ensopado – não só pelo sabor, mas por ser altamente nutritivo.

Leite

Começando pelos básicos: sem leite, não temos queijo. Sem queijo, não temos pão de queijo: e esse é um dos aperitivos mais reconhecidos e tradicionais de Minas!

Além de ser ingrediente básico para o melhor pão de queijo do Brasil, o leite é muito usado na produção de doces também – vide o doce de leite, ou mesmo a tradicional combinação de queijo com goiabada.

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Carnes de porco e boi

Difícil achar algum prato mineiro que não fique ainda mais gostoso com o toque defumado e cheio de sabor que a carne de porco traz.

Além de muito usada em embutidos, em Minas a pele do porco também é muito apreciada. Prova disso são a pururuca e o torresmo.

Já nas carnes de boi, poucas são melhor bem-feitas do que as carnes de sol do Norte de Minas – em especial, Montes Claros.

Quiabo

O quiabo é um excelente acompanhamento – angu e quiabo são também são uma combinação clássica –, mas também faz as vezes de elemento principal no caso do frango ensopado com quiabo.

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Pratos típicos da culinária de Minas

Para quem gosta de comer, ou quem gosta de cozinhar, a melhor hora é a de combinar todas essas delícias e criar os pratos.

Arroz com pequi

Pequi é um fruto nativo do Cerrado. Embora não seja do gosto de todo mundo, é aquele tipo de alimento que causa sentimentos fortes: quem ama, ama muito. E, do lado de quem não gosta, dizem que nem do cheiro dão conta.

No norte de Minas, o pequi é item corriqueiro nos cardápios e lojas. Não só no clássico arroz com pequi, mas também como licor ou parte da farofa.

Bambá de couve

Fubá, couve, e uma carne de porco cozinhada lentamente: precisa de mais? O bambá de couve tem preparo simples como os ingredientes: depois de misturar o fubá, água e sal até a consistência de mingau, adicione couve refogada com alho. A carne é opcional, mas certamente dá um gostinho diferenciado.

Feijão tropeiro

Feijão carioca ou fradinho, embutidos de sua preferência (os mais comuns são bacon, calabresa ou paio), farinha de mandioca torrada, couve desfiada e temperos: essa é a base para o feijão tropeiro que tem a cara de Minas.

Esse prato é herança dos tropeiros que, passando por Minas, improvisavam refeições com os alimentos típicos da roça e que demoravam mais a perder a validade.

Fígado com jiló

Este prato não tem os elementos típicos que ajudam a dar a cara da culinária de Minas. Mas vale a menção porque não se come um fígado com jiló melhor preparado do que nos botecos de Minas – inclusive, é uma das atrações mais tradicionais do Mercado Central e de bares tradicionais de BH.

Frango - com quiabo, ora-pro-nobis, ou ao molho pardo

Em qualquer uma dessas receitas, o segredo é criar um caldo de frango delicioso: vai ser essa a base da receita e de todo o sabor que vem com ela.

Temperos simples como cheiro verde, alho, cebola cozinham lentamente junto com o frango (de preferência, o caipira). Esse cozimento deixa o sabor bem apurado, e depois basta adicionar os adicionais de cada receita.

No caso do frango ao molho pardo, lembre-se de misturar o sangue com vinagre antes de misturar na panela; isso evita que o sangue talhe e altere sua textura.

Paçoca de carne

Um acompanhamento com a carinha do norte mineiro: use carne seca desfiada e dessalgada, temperos do dia a dia (como alho, cebola e sal) e misture tudo com farinha de mandioca em um pilão. Soque no pilão até integrar tudo, formando uma farofa úmida crocante.

Pão de queijo é uma das quitandas mais apreciadas em todo o país

Pão de queijo

A base do pão de queijo é o polvilho (derivado da mandioca) e o queijo. Os ingredientes restantes vêm só para ajudar a dar liga nessa mistura: é só acertar nas quantidades de ovos, leite ou água, e um pouquinho de sal, e sua mistura está pronta para assar.

É claro que cada família e estabelecimento tem sua tradição no jeito de fazer o pão de queijo, esse verdadeiro símbolo de Minas Gerais. E a graça é justamente experimentar todos para escolher seu favorito!

Tutu de feijão

O segredo do tutu é saber combinar a proporção certa de farinha de mandioca e o feijão batido: quando alcançar a consistência de caldo, basta adicionar aqueles adicionais que todo mineiro gosta, como paio, calabresa e couve picada.

Doces também tem a marca da culinária mineira

Quem já participou de qualquer refeição em casa de mineiro, sabe quem no final sempre tem um docinho.

Festival Mineiro de Doces

Doce de leite

Leite, açúcar, panela de tacho, e muita (muita mesmo) paciência para mexer essa mistura até engrossar e virar um creme sedoso: um doce de leite feito em Minas não tem igual.

Doces de tacho

Os doces de tacho podem ser dos mais variados: goiabada, bananada, abóbora, cocada... todos esses ganham um gostinho especial quando feitos seguindo a tradição mineira.

Em Minas, seguindo tradições de doceiras tradicionais, os doces são feitos em tacho de cobre. Esse material tem grande resistência ao calor, o que permite a melhor distribuição de calor na panela.

O uso do tacho de cobre também ajuda a preservar a cor, sabor e aroma dos doces. Há alguns anos, a Anvisa exigiu que a panela tivesse um revestimento especial, mas a regra foi revogada e a tradição seguiu forte.

Goiabada com queijo

A goiabada já não é mais parte só da mesa de doces: essa mistura de açúcar e fruta já é usada em molhos de ketchup, e até mesmo como recheio de pão de queijo.

Mesmo com essas inovações saborosas, uma das misturas mais clássicas é nosso Romeu e Julieta – ou a simples combinação da goiabada com queijo em uma única garfada.


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