Uma das maiores referências de Minas é mesmo a gastronomia. Afinal, basta perguntar ao mineiro qual é o melhor lugar da casa? A resposta certamente vai ser a cozinha. A tradição de reunir a família em volta da mesa ou ao lado do fogão de lenha vem desde os tempos dos nossos avós. Passada de geração em geração, a gastronomia mineira é cada vez mais admirada por aqui e no exterior.
A cozinha de Minas guarda segredos dos tempos do Brasil Colônia. E não há quem resista ao feijão tropeiro, ao tutu à mineira, um frango ao molho pardo e como sobremesa, aquele doce de leite ou uma goiabada cascão com um queijo bem curado. E por tanta tradição e referências históricas e culturais; e partindo do registro dos sistemas culinários do milho e da mandioca, a cozinha mineira foi declarada pelo Conselho Estadual de Patrimônio Cultural (Conep), Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais..
O título significa um reconhecimento e uma forma de proteção, já que a partir dele vão ser desenvolvidas campanhas e projetos para valorizar e promover a cultura alimentar e gastronômica de Minas Gerais. De acordo com a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, isso significa que vamos ter vários festivais da cozinha mineira espalhados pelo estado e de forma especial no Circuito da Liberdade. Também serão desenvolvidas ações para desenvolver o turismo de base comunitária, protegendo também a agricultura familiar.
Importância do milho e da mandioca
A declaração da Cozinha Mineira como patrimônio cultural imaterial de Minas Gerais veio a partir do registro dos sistemas culinários do milho e da mandioca. Isto porque os saberes ligados a estes dois produtos constituem o primeiro
sistema culinário a ser identificado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais, no âmbito das pesquisas sobre a Cozinha Mineira. Essa decisão é fruto de estudos para a compreensão da cultura alimentar do estado, que vêm sendo realizados pelo Iepha-MG e parceiros desde 2019.
De acordo com a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais essa herança dos povos originários e tradicionais permeia a cultura alimentar dos mineiros. O fubá que é produzido a partir do milho deu origem ao nosso angu e a diversos outros preparos, como broas, bolos e biscoitos. E a mandioca, cultivada pelos indígenas, é outro elemento essencial do qual se extrai o polvilho, que é a base do nosso tradicional pão de queijo, dos biscoitos, além da própria farinha, que é ingrediente de destaque do tropeiro. O registro dos Sistemas Culinários da Cozinha Mineira - o Milho e a Mandioca, reverencia, assim, os povos originários e tradicionais, os fazedores de farinha, que desenvolveram os elementos fundantes da nossa cozinha.
Outra etapa desse trabalho foi a identificação de quase 700 moinhos de milho e casas de farinha de mandioca em Minas Gerais. O cadastro foi viabilizado por meio da ação conjunta entre Iepha-MG, prefeituras, instituições de ensino, comunidades e pesquisadores.
Cozinha Mineira Patrimônio - Temporada 2023
Com o objetivo de celebrar e promover os ingredientes, saberes e práticas que constituem a cultura alimentar mineira, o Governo de Minas lançou o projeto Cozinha Mineira Patrimônio - Temporada 2023. O projeto inclui uma série de ações que reforçam a importância da cozinha mineira para a cultura, o turismo e o desenvolvimento econômico e social do estado, enaltecendo nossa gastronomia enquanto patrimônio imaterial.
A valorização da cozinha mineira integra ainda uma nova campanha do Governo do Estado criada para promover o destino Minas Gerais. A campanha é promovida principalmente por meio das redes sociais e convoca os turistas a concederem cinco estrelas a suas experiências turísticas em território mineiro,
destacando a gastronomia, o turismo de natureza, de aventura, os patrimônios históricos e a arte moderna e contemporânea.
(Com informações da Agência Minas)
ITATIAIA AQUI TEM MINEIRIDADE. OFERECIMENTO: GERDAU. BRASILEIRA DE NASCIMENTO. MINEIRA DE CORAÇÃO.