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O que é a doença de Hashimoto, diagnosticada em Camilla Luddington, atriz de ‘Grey’s Anatomy’

Revelação da artista chama atenção para sintomas persistentes e importância do cuidado com a saúde da tireoide

“Durante meses pensei que o cansaço extremo e a necessidade constante de dormir eram parte do estresse ou da minha idade”, contou Camilla Luddington, que interpreta Jo Wilson na série ‘ Grey’s Anatomy', ao revelar que foi diagnosticada com a doença de Hashimoto. A declaração ocorreu no podcast ‘Call It What It Is’, que apresenta ao lado da colega Jessica Capshaw, e reacendeu o debate sobre essa condição autoimune, muitas vezes subestimada por seus sintomas comuns.

A doença de Hashimoto ocorre quando o sistema imunológico ataca a glândula tireoide, prejudicando sua função e reduzindo, de forma progressiva, a produção de hormônios essenciais ao metabolismo. É uma das doenças autoimunes mais frequentes, com prevalência maior em mulheres, sobretudo após os 40 anos, e pode ter relação com histórico familiar.

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Os sintomas iniciais tendem a ser sutis e evoluem lentamente: fadiga constante, intolerância ao frio, apatia, dificuldade de concentração, pele e cabelos ressecados, unhas frágeis, ganho de peso, constipação e sonolência excessiva. Em alguns casos, há o surgimento de bócio, que é aumento indolor na região frontal do pescoço.

O diagnóstico combina exame físico, análise de níveis hormonais (TSH, T3 e T4) e detecção de anticorpos específicos. Segundo o ‘MSD Manual’, “o tratamento consiste em tomar a hormona tireoidiana para toda a vida”. A terapia mais indicada é a reposição com levotiroxina, ajustada individualmente e acompanhada por exames regulares.

Especialistas alertam que dietas restritivas, como a exclusão do glúten sem diagnóstico de doença celíaca, não têm comprovação de benefício. Sem tratamento, o hipotireoidismo pode gerar complicações cardiovasculares, neurológicas e, em casos graves, coma mixedematoso - forma grave e potencialmente fatal do hipotireoidismo.

No relato de Luddington, nem descanso nem mudanças na rotina amenizaram o cansaço persistente, o que a motivou a investigar a causa até chegar ao diagnóstico e iniciar o tratamento.

Jornalista graduado com ênfase em multimídia pelo Centro Universitário Una. Com mais de 10 anos de experiência em jornalismo digital, é repórter do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Antes, foi responsável pelo site da Revista Encontro, e redator nas agências de comunicação FBK e Viver.