“Durante meses pensei que o cansaço extremo e a necessidade constante de dormir eram parte do estresse ou da minha idade”, contou
A doença de Hashimoto ocorre quando o sistema imunológico ataca a glândula tireoide, prejudicando sua função e reduzindo, de forma progressiva, a produção de hormônios essenciais ao metabolismo. É uma das doenças autoimunes mais frequentes, com prevalência maior em mulheres, sobretudo após os 40 anos, e pode ter relação com histórico familiar.
Os sintomas iniciais tendem a ser sutis e evoluem lentamente: fadiga constante, intolerância ao frio, apatia, dificuldade de concentração, pele e cabelos ressecados, unhas frágeis, ganho de peso, constipação e sonolência excessiva. Em alguns casos, há o surgimento de bócio, que é aumento indolor na região frontal do pescoço.
O diagnóstico combina exame físico, análise de níveis hormonais (TSH, T3 e T4) e detecção de anticorpos específicos. Segundo o ‘MSD Manual’, “o tratamento consiste em tomar a hormona tireoidiana para toda a vida”. A terapia mais indicada é a reposição com levotiroxina, ajustada individualmente e acompanhada por exames regulares.
Especialistas alertam que dietas restritivas, como a exclusão do glúten sem diagnóstico de doença celíaca, não têm comprovação de benefício. Sem tratamento, o hipotireoidismo pode gerar complicações cardiovasculares, neurológicas e, em casos graves, coma mixedematoso - forma grave e potencialmente fatal do hipotireoidismo.
No relato de Luddington, nem descanso nem mudanças na rotina amenizaram o cansaço persistente, o que a motivou a investigar a causa até chegar ao diagnóstico e iniciar o tratamento.