Sem dar muitos detalhes,
“Vou contar pra vocês, tenho uma síndrome muito rara, nunca falei disso, que não prejudica nada na minha saúde”, afirma Isabel. Em seguida, ela diz que seu intestino não fica normalmente na região que deveria ficar, mas não rende muito.
Especialista em Clínica Médica e Terapia Intensiva, Fabrício Manoel Rezende Dias, que atua como coordenador da equipe de Medicina interna e Pronto atendimento do Hospital Vila da Serra - Oncoclínicas, explica do que se trata a condição e como ela afeta o paciente.
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“A Síndrome de Chilaiditi é uma condição em que uma parte do intestino grosso (cólon) se desloca e fica posicionada entre o diafragma e o fígado. Esse deslocamento pode ser visualizado em exames de imagem, como raios-X e tomografias. É importante destacar que, em muitos casos, a condição é assintomática e descoberta incidentalmente”, afirma o médico.
Segundo ele, a síndrome de Chilaiditi é rara. “Estudos mostram que ela ocorre em menos de 0,3% da população, sendo mais comum em homens e geralmente em pessoas acima dos 60 anos”, justifica.
Síndrome de Chilaiditi: confira sintomas e cuidados
O especialista explica que poucos pacientes têm sintomas. “Embora muitos pacientes não apresentem sintomas, quando eles ocorrem, podem incluir dor abdominal, náuseas, vômitos, constipação ou dificuldades respiratórias. Em casos mais raros, a Síndrome de Chilaiditi pode causar uma sensação de plenitude abdominal e desconforto”, pontua.
Sobre riscos, ele esclarece: “Os principais envolvem complicações que podem surgir se a condição for confundida com outras doenças mais graves, como a obstrução intestinal ou outras emergências abdominais. Em casos raros, pode ocorrer torção do intestino (volvo), que é uma emergência médica”.
Mesmo que a síndrome não afete diretamente a saúde do paciente na maioria dos casos, o especialista destaca que ele deve manter acompanhamento médico regular, principalmente se apresentar sintomas. “É importante informar médicos e outros profissionais de saúde sobre a condição, para evitar diagnósticos errados. Adotar uma dieta rica em fibras e manter-se hidratado pode ajudar a prevenir complicações gastrointestinais”, diz.
O médico acrescenta: “É essencial lembrar que, apesar de ser uma condição rara, a Síndrome de Chilaiditi normalmente não representa uma ameaça grave à saúde quando assintomática. No entanto, é fundamental buscar orientação médica se houver sintomas abdominais persistentes ou desconforto, para garantir um diagnóstico e tratamento adequados”.
Vale lembrar que Isabel Veloso foi diagnosticada com