Nos tempos atuais, todos passam pelo menos metade - ou a maior parte - do dia no celular e em outras telas. E isso pode ser extremamente prejudicial para a pele.
O celular e outras telas emitem a luz visível de alta energia (HEV), também chamada de luz azul. Mesmo sendo menos energética que os raios ultravioleta, essa luz penetra profundamente na pele e pode induzir estresse oxidativo, contribuindo para o envelhecimento precoce, aparecimento de manchas e inflamação cutânea.
“Estudos mostram que a luz azul é capaz de estimular melanócitos, levando à hiperpigmentação, sobretudo em indivíduos com fototipos mais altos, como a pele morena a negra”, apontou o biomédico e mestre em medicina estética Thiago Martins.
Segundo o biomédico, os efeitos da luz azul na pele são cumulativos e dependentes da intensidade e da proximidade da fonte de luz. Não há um tempo exato para que ela faça mal, mas pesquisas apontam que exposições prolongadas e diárias acima de uma hora, especialmente sem proteção, já podem iniciar um impacto mensurável ao longo do tempo.
Como prevenir?
Martins apontou que a principal forma de proteção é o uso diário de fotoprotetor com proteção contra luz visível, os protetores solares.
“Além disso, recomenda-se ajustar o brilho das telas, usar filtros de luz azul nos dispositivos e, sempre que possível, reduzir a exposição direta do rosto à tela por longos períodos. O uso de antioxidantes tópicos e orais também pode ser benéfico como estratégia preventiva contra os danos oxidativos causados por essa radiação”, disse o biomédico.
Outras formas de prevenir são: limitar o tempo de tela, ficar em ambientes bem iluminados para reduzir o contraste da tela e uso de antioxidantes tópicos, como vitamina C, niacinamida e resveratrol, segundo o dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Lucas Miranda.
“Se os efeitos do excesso de telas já forem visíveis, como o agravamento de manchas ou sinais de envelhecimento, é importante procurar avaliação dermatológica para um plano terapêutico que pode incluir peelings específicos, em caso de envelhecimento mais intenso, Luz Intensa Pulsada (LIP), peelings químicos e microagulhamento”, concluiu.