“As leucemias são cânceres que surgem de defeitos em células da fábrica do sangue, a medula óssea. Existem leucemias agudas, com evolução muito rápida e, leucemias crônicas com evolução em anos ou meses”, explica o médico hematologista do Câncer Center Oncoclínicas Belo Horizonte, Evandro Maranhão Fagundes.
A leucemia é o décimo tipo de câncer mais comum no Brasil. De acordo com levantamento do Instituto Nacional do Câncer (INCA), de 2023 a 2025, a região sudeste do país deve registrar, por ano, 2.580 novos casos de leucemias. Em Minas Gerais são 990 diagnósticos da doença, por ano.
Nesta semana,
“Por ter uma evolução muito lenta, quando esses pacientes têm o diagnóstico, não precisam tratar de imediato, podem ficar até anos só observando a evolução da doença. O tratamento geralmente é feito com quimioterapia ou novas terapias, chamadas terapias alvo, isso porque os pacientes, em geral, são muito idosos e não toleram quimioterapia agressiva. Raramente esses pacientes precisam fazer transplante de medula óssea porque são muito idosos e o transplante é um tratamento que eles não toleram”, explica.
Eduardo Paton ressalta que, a leucemia linfocítica crônica é uma doença incurável, mas é tratável e controlável, assim como diabetes, como hipertensão arterial. Como geralmente o paciente que tem a doença já é muito idoso, o paciente frequentemente vive muitos anos com a doença, acaba falecendo de outra causa, falece com a doença, mas não da doença.
Além da leucemia linfocítica crônica, que afeta a atriz Susana Vieira, ainda existem outros tipos de leucemias:
• Leucemia Linfoide Aguda (LLA): mais comum em crianças e apresenta rápido desenvolvimento;
• Leucemia Mieloide Aguda (LMA): o tipo mais comum de leucemia em adultos e tem desenvolvimento muito rápido. Na leucemia mieloide aguda a medula óssea produz muitas células sanguíneas anormais que se acumulam pelo corpo;
• Leucemia Mieloide Crônica (LMC): caracteriza-se por uma produção excessiva de glóbulos brancos e por ter uma evolução lenta. Mais comum em pessoas idosas.
De acordo com o médico hematologista do grupo Oncoclínicas, Evandro Maranhão Fagundes, o diagnóstico precoce das leucemias é essencial para o tratamento das doenças. “O diagnóstico precoce é importante, principalmente nas formas aguda, mas também nas formas crônicas. Porque nas formas agudas a evolução da doença é muito rápida. Se um paciente deixa de tratar, ele pode falecer em poucos dias ou poucas semanas. Então, ter o diagnóstico correto ou pelo menos uma auto suspeição da doença é fundamental para que a gente tenha sucesso no programa de tratamento,” explica.
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