Zema critica Eduardo Bolsonaro: ‘Interesse pessoal não pode estar acima do interesse do país’

Governador de Minas Gerais afirmou que deputado e filho do ex-presidente Bolsonaro colocou interesses pessoais na frente dos interesses brasileiros

Governador Romeu Zema criticou diplomacia brasileira

O governador Romeu Zema (Novo) afirmou que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) errou na articulação nos Estados Unidos que resultou no aumento de tarifas a produtos brasileiros determinada pelo presidente Donald Trump.

Em entrevista a um portal de notícias de Brasília, divulgada nesta quarta-feira (12), Zema afirmou que Eduardo colocou seus interesses pessoais acima dos interesses do Brasil.

“Com certeza (Eduardo Bolsonaro errou). Ele não foi feliz nas declarações dele. Não podemos colocar o interesse pessoal ou particular de alguém acima do interesse da nação. E me parece que, naquele momento, ou ele não se manifestou bem ou deu a entender isso, que uma pessoa é mais importante que um país. Ninguém é mais importante que um país. Nem um presidente. Isso foi ruim para a direita. Mas já é passado”, afirmou Zema.

O governador ressaltou que é favorável às sanções contra ministros que estariam cometendo irregularidades. Sem citar a inclusão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) na Lei Magnitsky, Zema disse ser a favor de punições individualizadas.

“Em determinado momento, ele (Eduardo) parece ter se manifestado dizendo que caberia sanções ao Brasil porque determinadas pessoas estavam sendo condenadas. Eu sou favorável a sanções ao ministro, mas não aos 210 milhões de brasileiros”, disse Zema.

O governador se solidarizou com o ex-presidente Jair Bolsonaro e disse que espera se encontrar com ele em breve. “Tive uma relação muito próxima com o Bolsonaro durante seu governo. Pretendo ir lá vê-lo, sim. Tive bastante contato com ele e me solidarizo”, disse Zema.

Eleição de 2026

O governador disse ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) surfou na onda positiva que veio com as críticas ao tarifaço de Trump. Mas avaliou que ondas negativas podem atrapalhar Lula até a eleição.

“Ele, com toda certeza, é um candidato que tem chances, até por ser o presidente e ter toda a máquina na mão. Ele surfou na onda do tarifaço, 60 ou 90 dias atrás teve uma onda boa. Mas ondas boas vão e vêm. E depois vem outra, que pode ser o contrário, como essa da segurança pública”, disse Zema.

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