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Tadeu cobra celeridade do governo federal para avaliar o interesse na Codemig e Codemge

As estatais são fundamentais para Minas alcançar a meta de 20% de abatimento para lidar com o parcelamento do restante da dívida

Presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Tadeu Martins Leite (MDB)

O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado estadual Tadeu Martins Leite (MDB), cobrou que o governo federal tenha a partir de agora agilidade para avaliar e dar retorno sobre o interesse nas estatais Codemig e Codemge. Nesta quarta, a Assembleia aprovou em definitivo autorização para federalizar as duas empresas, consideradas de grande valor para o abatimento da dívida de Minas com a União através do Propag, o Programa de Pleno de Pagamento de Dívidas dos Estados.

O valor dessas estatais vai depender de uma avaliação do governo federal. Elas são fundamentais para Minas alcançar a meta de 20% de abatimento para lidar com o parcelamento do restante da dívida. Com a aprovação sem votos contrários, agora só faltam começar a tramitar os textos de federalização da Cemig e Copasa. Os outros já estão em comissões.

O presidente da Assembleia, Tadeu Martins Leite, pediu agilidade, pois a Assembleia só vai saber se são necessárias outras federalizações de estatais, quando os valores da Codemge e Codemig estiverem claros, visto que se alcançarem uma margem alta de abatimento só com as duas estatais, outras federalizações podem, inclusive, ser reconsideradas.

“Aqui fica já uma cobrança ao Governo Federal que possa também ser ágil nas respostas ao governo do estado para que a gente possa também, aqui na Assembleia, dar sequência ou não em um ou outro projeto”, afirma o presidente da ALMG.

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“É importante nós entendermos que estamos falando de um projeto que tem prazo. Ou seja, um primeiro prazo venceu até agora, há dois dias atrás, foi no dia 30 de junho, outubro, que nós temos um novo prazo, e até o final do ano, que é o último prazo para a discussão de todos os projetos e, claro, com muita responsabilidade, repito aqui, nós estamos falando de um problema histórico de mais de 20 anos que nunca conseguiu se resolver e quem sabe agora nós temos a oportunidade de resolvê-lo através desses projetos de discussão”, destaca.

Afirmando que a federalização e privatização de estatais já estavam no plano do governo Zema há vários anos, a deputada Beatriz Cerqueira (PT) justificou a aprovação, afirmando que pelo menos conseguiram retirar o trecho que previa a privatização da Codemig e Codemge.

“Também no projeto enviado pelo governo tinha a proposta de privatização. Então isso nós conseguimos retirar e eu acho que isso foi um avanço, porque os mineiros e mineiras querem ver querem ver resolvido a dívida, não querem ver a dilapidação do patrimônio público para grupos e fins privados. Então acho que essa foi a nossa contribuição e esse é o resultado final”, pontuou.

Segundo o líder de governo na Assembleia, o deputado João Magalhães do MDB, a retirada deste trecho com concordância do bloco governista foi um claro sinal de intenções semelhantes.

“Isso foi um sinal para deixar bem claro para os deputados e deputadas que não há intenção do governo em privatizar. A intenção do governo é fazer a federalização, a adesão Propag, é, de uma vez por todas, dar cabo nessa dívida que já perdura por 30 a 40 anos”, conclui.

A Codemig com Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais é dona dos direitos de exploração de nióbio em Araxá.

Jornalista graduado pela PUC Minas; atua como apresentador, repórter e produtor na Rádio Itatiaia em Belo Horizonte desde 2019; repórter setorista da Câmara Municipal de Belo Horizonte.