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STF decide em favor da Fhemig sobre inclusão de piso da enfermagem como gratificação

O ministro Cristiano Zanin entendeu que as determinações de instâncias inferiores a favor de uma servidora mineira contrariam o entendimento prévio do Supremo

Ação movida incialmente por servidora da Fhemig foi avaliada pelo STF na última quinta-feira (6)

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu em favor da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) e negou a inclusão do complemento do piso salarial da enfermagem na base de cálculo de gratificações da categoria. A decisão foi proferida pelo ministro Cristiano Zanin na quinta-feira (6) e entende que a medida contraria a ideia de garantir um valor mínimo nacional para os profissionais e resultaria em uma remuneração mensal superior ao piso.

Zanin decidiu com base no entendimento prévio do STF na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7.222, que estabeleceu que o piso salarial da enfermagem está atrelado à remuneração global e não ao vencimento-base.

O caso chegou ao STF após um recurso movido pela Fhemig contra uma decisão anterior da Turma Recursal Temporária de Belo Horizonte, Contagem e Betim. A ação original foi movida por uma servidora efetiva da fundação que pleiteou que o valor recebido como ‘Complemento do Piso Nacional da Enfermagem’ fosse incluído na base de cálculo de gratificações e vantagens.

Na primeira e segunda instâncias, o pedido da servidora foi considerado procedente e foi determinado que ela tinha o direito de ter o complemento do piso incluído na mesma base de cálculos que gratificações e direitos como o 3º salário, férias, terço constitucional, e adicional noturno.

A Fhemig recorreu ao Supremo alegando que as decisões de instâncias inferiores geraram um ‘efeito cascata’ nas remunerações do estado. A fundação ainda alega que o entendimento em primeira e segunda instâncias causaria um conflito orçamentário entre Minas Gerais e o governo federal, uma vez que o Complemento do Piso Salarial é resultado de recursos provenientes da União, enquanto as gratificações e vantagens são pagas com o orçamento estadual.

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Repórter de política da Itatiaia, é jornalista formado pela UFMG com graduação também em Relações Públicas. Foi repórter de cidades no Hoje em Dia. No jornal Estado de Minas, trabalhou na editoria de Política com contribuições para a coluna do caderno e para o suplemento de literatura.