No discurso que abriu a
A fala ocorre no dia dedicado a discussão sobre transição energética, considerado um dos temas centrais desta edição da conferência. Representantes de governos, indústria e organismos internacionais discutem hoje alternativas para reduzir emissões em larga escala, avançar em tecnologias limpas e financiar a adaptação de países em desenvolvimento.
Durante o discurso, Lula também destacou o impacto direto de cada atraso no cumprimento das metas climáticas e reforçou o peso econômico das perdas globais. “A urgência está em manter o aquecimento dentro de limites controláveis - cada décimo de grau acima disso significa perdas mais caras, impactos sociais mais profundos e danos ambientais irreversíveis”, disse o presidente.
“O mundo precisa de um mapa do caminho claro para acabar com essa dependência dos combustíveis fósseis. É tempo de diversificar nossas matrizes energéticas, ampliar as fontes renováveis e acelerar a produção e o uso de combustíveis sustentáveis”, defendeu o presidente brasileiro, que também criticou a prioridade que os países tem dado ao financiamento de conflitos, como a guerra entre Rússia e Ucrânia.
“O conflito na Ucrânia reverteu anos de esforços para a redução da emissão de gás de efeito estufa e levou à reabertura de minas de carvão. Gastar com armas o dobro do que destinamos à ação climática é pavimentar o caminho para o apocalipse climático. Não haverá segurança energética em um mundo conflagrado. É fundamental combater todas as formas de pobreza energética”, afirmou Lula.
Desafios da agenda desta sexta
O debate desta sexta concentra a atenção em três eixos que o Brasil tenta elevar ao centro das negociações:
• Descarbonização do setor energético:
A COP30 discute hoje mecanismos para ampliar o uso de energias renováveis e acelerar a retirada de fontes fósseis. Países buscam consenso sobre metas mais firmes e financiamento para a transição.
• Financiamento climático:
Delegações cobram que países desenvolvidos cumpram o aporte prometido - e ainda não entregue integralmente - para apoiar medidas de adaptação e mitigação em nações mais vulneráveis.
• Infraestrutura verde e inovação tecnológica:
A conferência analisa caminhos para expansão de biocombustíveis, hidrogênio verde e sistemas de armazenamento de energia, áreas que o Brasil quer ver reconhecidas como estratégicas na transição global.