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Simões pede direita unida em Minas, mas defende candidatura: ‘conduzo o dia a dia do governo’

Vice-governador do estado, nome defendido por Romeu Zema para sucessão no governo, também criticou eventual retorno do PT a Minas

Vice-governador Mateus Simões fez duras críticas ao leilão de arroz organizado pelo governo federal

O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), voltou a dizer que seu nome está a disposição para as eleições ao governo estadual do ano que vem. Em agenda por Januária, no norte de Minas, ele defendeu que a candidatura do campo da direita seja construída de forma unificada, e fez críticas ao PT e à possibilidade de aliados do ex-governador Fernando Pimentel voltarem ao Palácio Tiradentes.

Simões disse que a decisão da candidatura à sucessão de Zema foi tomada pelo próprio governador como forma de combate ao eventual retorno da oposição ao estado. “Acho que é uma decisão que o governador tomou e que é definitiva. Nós não permitiremos que o Pimentel e o povo dele voltem a governar Minas Gerais”, disse.

Em ataques ao PT, Simões afirmou ainda que a experiência passada do governo petista em Minas deixou marcas negativas. “Esse povo é o povo que destruiu o Estado de Minas Gerais, que atrasou o salário de professor, que ficou quatro anos sem fazer o pagamento dos repasses devidos para os municípios, que sucateou as nossas estradas, que desestruturou os nossos hospitais. Esse povo não pode voltar”, disparou.

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União da direita

Mateus Simões também defendeu que a direita mineira se una em torno de um único nome competitivo. “Como vamos evitar que esse povo volte? Unificando a direita. Unificando aqueles que estão preocupados com quem produz, com a geração de emprego, com o compromisso do abastecimento de água, com a geração de riqueza para que essa terra seja terra de gente que trabalha e gente que produz”, disse.

Ele também fez críticas à política de transferência de renda como ferramenta eleitoral: “Quem gosta de distribuir bolsa é quem gosta de comprar voto. Eu gosto de distribuir postos de trabalho”.

Condutor do governo

Embora tenha recebido apoio público de Zema como seu sucessor natural, Simões afirma que tudo ainda depende de construção política. O vice-governador afirmou que sua eventual candidatura, no entanto, pode ser balizada por sua atuação no executivo, uma vez que é ele quem conduz a administração.

“Meu nome está colocado pelo governador Romeu Zema, não fui eu que coloquei. O governador disse que ele desejaria que eu continuasse, porque sou eu que conduzo o dia a dia do governo. Mas nós temos que discutir para que a gente tenha um candidato só”, afirmou.

Além de Simões, outros nomes da direita mineira também são cotados, como o senador Cleitinho (Republicanos) e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL). O vice-governador disse estar preparado para assumir a candidatura, mas também disposto a apoiar outro nome, desde que seu campo político mantenha a liderança do estado.

“O meu nome tem que ser aceito pelos deputados, aceito pelos prefeitos, reconhecido pela população. Se for essa a situação, eu estou pronto para o desafio. Mas também estou pronto para construir em outra direção, desde que a gente garanta que o povo do Pimentel nunca mais pise dentro do Palácio da Liberdade e do Palácio Tiradentes”, disse.

O cenário para 2026

O atual governador, Romeu Zema, está no segundo mandato e lançará sua pré-candidatura à Presidência da República em agosto. Com sua eventual saída do governo em março do ano eleitoral, Mateus Simões assumiria o cargo e, possivelmente, concorreria à reeleição.

Do outro lado, o PT e partidos aliados devem se articular em torno de um nome com apoio do presidente Lula. O mais cotado é o senador Rodrigo Pacheco (PSD), que, nesta quinta, também em Minas Gerais, sinalizou positivamente ao convite.

Graduado em jornalismo e pós graduado em Ciência Política. Foi produtor e chefe de redação na Alvorada FM, além de repórter, âncora e apresentador na Bandnews FM. Finalista dos prêmios de jornalismo CDL e Sebrae.