O senador mineiro Carlos Viana (Podemos) afirmou, nesta quarta-feira (22), ser favorável à
“Infelizmente, a Copasa não tem conseguido. É uma empresa estatal que vem sendo esvaziada nos últimos anos do dinheiro para investimentos. A maior parte do nosso esgoto é lançado em córregos e rios, o que é um grande absurdo no ano de 2025 e como não há dinheiro oficial para isso, dinheiro público, os consórcios fazem esse papel e podem ajudar a avançar muito nos índices de melhora de qualidade de vida”, pontua o senador.
Viana pondera que existem regiões onde a Copasa pode atuar, onde a iniciativa privada não queira atender, e defende que o estado tem a obrigação de garantir esse serviço para a população. Contudo, o parlamentar afirma que “na maioria de Minas Gerais” a privatização e o trabalho por parte das prefeituras que vão “acompanhar de perto os contratos” é o melhor caminho para “garantirmos água e esgoto tratados para todos os mineiros”.
Em ritmo acelerado, as discussões sobre a PEC do Referendo tomaram conta da Assembleia Legislativa nos últimos dois dias, quando seis reuniões plenárias foram marcadas para se discutir o tema. Na terça, a primeira não teve quórum suficiente e foi encerrada. As demais ocorreram normalmente. Nesta quarta, as duas primeiras reuniões do dia também foram concluídas e há outra, extraordinária, marcada para 18h.
A PEC integra o pacote de medidas do governo Romeu Zema para viabilizar a adesão de Minas ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), criado pelo governo federal. O plano prevê o refinanciamento da dívida mineira de cerca de R$ 170 bilhões com a União, com a exigência de contrapartidas financeiras dos estados.
O governo mineiro pretende vender a Copasa e usar parte dos recursos para abater o estoque da dívida e reduzir os juros das parcelas. Caso todas as reuniões regimentais ocorram dentro do prazo, a votação em primeiro turno da PEC poderá acontecer ainda antes do fim de outubro.