Cleitinho pede desculpas a Bolsonaro após dizer que já ‘pagou’ gratidão

O senador Cleitinho (Republicanos-MG) usou o plenário do Senado Federal, nesta quarta-feira (22), para pedir desculpas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em entrevista à rádio Metropolitana, na última sexta-feira (17), Cleitinho afirmou que não necessariamente apoiaria o mesmo candidato que Bolsonaro nas eleições do próximo ano e que, apesar de ser “grato” ao ex-presidente, essa gratidão já teria sido “paga”.

Nesta quarta, o parlamentar justificou que suas falas foram “tiradas de contexto”. “Me equivoquei na hora de falar. Eu penso uma coisa e falo outra, falo errado. A minha gratidão ao Bolsonaro, à população brasileira e, em especial, a toda a direita será sempre eterna. Não tem preço que pague. Gratidão não tem valor”, explicou.

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Má repercussão

As declarações feitas pelo senador repercutiram negativamente entre aliados do ex-presidente.

O deputado estadual Cristiano Caporezzo (PL), por exemplo, durante uma sessão na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), afirmou que Cleitinho havia “falado borracha” — expressão usada para descrever quando alguém diz algo infundado.

No Senado, Cleitinho se referiu a Caporezzo como um “irmão” e voltou a pedir desculpas: “Um deputado amigo meu, o Caporezzo, que é deputado estadual, fez um vídeo me criticando e me questionando sobre isso. Ele é um irmão que eu tenho, um amigo, sabe? Então, eu me equivoquei e sou assim. Sou ser humano, e todas às vezes que eu achar que cometi um equívoco, que cometi uma falha, vou subir aqui humildemente e pedir perdão”, afirmou.

O senador defendeu que, com Bolsonaro inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a direita precisa se organizar para escolher outro nome: "É ele [Bolsonaro] que tem que ser o candidato. Mas, se ele não puder ser, que a direita possa se organizar e escolher. Eu sempre falei isso. Para poder vencer em 2026, tem que ser com o Bolsonaro”, completou.