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Sem citar tarifaço, Lula diz que é preciso ‘firmeza’ para defender independência

Petista recebeu o presidente do Equador, Daniel Noboa, no Palácio do Planalto em esforço para abrir novos mercados para os produtos brasileiros

Os presidentes do Equador, Daniel Noboa (esq.), e do Brasil, Lula (dir.)

Sem citar o tarifaço dos Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta segunda-feira (18) que é preciso “firmeza” para defender a independência dos países diante de um cenário internacional adverso.

Após uma reunião com o presidente do Equador, Daniel Noboa, no Palácio do Planalto, Lula mencionou que Brasília sediou o encontro que pôs fim à guerra entre o país sul-americano com o Peru, em 1998, e classificou como um exemplo para resolver “controvérsias complexas de forma pacífica e negociada”.

“Isso é um exemplo para nossa região. Em um cenário global desafiador, em que rivalidades se agravam e instituições multilaterais estão esvaziadas, é preciso firmeza na defesa da nossa independência. Para o Brasil, a autonomia é um sinônimo de diversificação de parcerias. Os laços com o Equador e com os demais vizinhos sul-americanos são prioridade para nós”, afirmou o petista em uma declaração à imprensa após o encontro.

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Durante a reunião, de aproximadamente 1 hora e 30 minutos, Lula e Noboa discutiram a taxação de 50% imposta pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros e de 15% sobre as exportações equatorianas, como parte da estratégia do governo de buscar novos mercados internacionais.

Após o encontro, o presidente brasileiro afirmou ainda que o governo está disposto a trabalhar por um comércio bilateral mais equilibrado com o Equador, que em 2024 chegou a US$ 1,1 bilhão, com superávit de US$ 970 milhões para o Brasil.

Como parte do esforço, Lula disse que iniciará pela reabertura para o mercado da banana equatoriana, um dos principais itens da pauta de exportações do país sul-americano.

Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.