Saiba quem é Jorge Messias, nome indicado por Lula ao STF

Evangélico, o AGU tenta agora se aproximar de parlamentares mais conservadores; nome tem de ser aprovado pelo Senado Federal

O advogado-geral da União, Jorge Messias

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou nesta quinta-feira (20) a indicação de Jorge Messias, atual ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), para ocupar o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi antecipada pela Itatiaia.

Antes de tomar posse, o advogado-geral da União precisará passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e ter seu nome aprovado pelo plenário da Casa, com ao menos 41 votos favoráveis.

Quem é Messias

Aos 45 anos, Messias é formado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e possui mestrado e doutorado pela Universidade de Brasília (UnB). Ingressou na carreira pública em 2007 como procurador da Fazenda Nacional e tem ampla experiência jurídica.

Durante o governo Dilma Rousseff (PT), foi subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, além de ter atuado como procurador do Banco Central, do BNDES e consultor jurídico do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.

Perfil evangélico

Messias é evangélico e frequenta a Igreja Batista Cristã de Brasília desde 2016. Em suas redes sociais, costuma compartilhar mensagens religiosas e leituras de salmos.

Leia também

Com esse perfil, ele é visto como um nome capaz de dialogar com setores conservadores do Congresso, o que pode facilitar sua aprovação no Senado.

Parlamentares avaliam que Messias não deve enfrentar grande resistência durante a sabatina.

Lava Jato

O nome de Jorge Messias ganhou repercussão nacional em 2016, durante a Operação Lava Jato, quando foi citado em uma gravação telefônica entre a então presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na ligação, Dilma informa que enviaria, por meio do “Bessias” o termo de posse de Lula na Casa Civil, que seria utilizado “em caso de necessidade”. O episódio ocorreu enquanto Lula havia sido nomeado, mas ainda não empossado, como ministro-chefe da Casa Civil.

Messias afirmou posteriormente que, naquele momento, apenas cumpria suas funções institucionais como assessor jurídico da Presidência e que a divulgação parcial e fora de contexto do áudio teve o propósito político de desestabilizar o governo.

Jornalista com trajetória na cobertura dos Três Poderes. Formada pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb), atuou como editora de política nos jornais O Tempo e Poder360. Atualmente, é coordenadora de conteúdo na Itatiaia na capital federal.
Repórter de política em Brasília, com foco na cobertura dos Três Poderes. É formado em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) e atuou por três anos na CNN Brasil, onde integrou a equipe de cobertura política na capital federal. Foi finalista do Prêmio de Jornalismo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) em 2023.

Ouvindo...