O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode indicar o Advogado-Geral da União, Jorge Messias, para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (20). O AGU já iniciou a articulação com os senadores e começou pelos evangélicos.
O candidato à vaga
Os contatos iniciaram na última segunda-feira (18), quando o presidente Lula comunicou ao senador Rodrigo Pacheco (PSD) que o escolhido seria Messias.
Quem é Messias
Aos 44 anos, Messias é formado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e possui mestrado e doutorado pela Universidade de Brasília (UnB). Ingressou na carreira pública em 2007 como procurador da Fazenda Nacional e tem ampla experiência jurídica.
Durante o governo Dilma Rousseff (PT), foi subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, além de ter atuado como procurador do Banco Central, do BNDES e consultor jurídico do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.
Perfil evangélico
Messias é evangélico e frequenta a Igreja Batista Cristã de Brasília desde 2016. Em suas redes sociais, costuma compartilhar mensagens religiosas e leituras de salmos.
Com esse perfil, ele é visto como um nome capaz de dialogar com setores conservadores do Congresso, o que pode facilitar sua aprovação no Senado.
Parlamentares avaliam que Messias não deve enfrentar grande resistência durante a sabatina.
Lava Jato
O nome de Jorge Messias ganhou repercussão nacional em 2016, durante a Operação Lava Jato, quando foi citado em uma gravação telefônica entre a então presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-presidente Lula.
Na ligação, Dilma informa que enviaria, por meio do “Bessias” o termo de posse de Lula na Casa Civil, que seria utilizado “em caso de necessidade”. O episódio ocorreu enquanto Lula havia sido nomeado, mas ainda não empossado, como ministro-chefe da Casa Civil.
Messias afirmou posteriormente que, naquele momento, apenas cumpria suas funções institucionais como assessor jurídico da Presidência e que a divulgação parcial e fora de contexto do áudio teve o propósito político de desestabilizar o governo.