Rogério Correia sobre prisão preventiva de Bolsonaro: ‘Vitória da democracia’

Ex-presidente foi preso preventivamente na manhã deste sábado (22) após descumprir as medidas cautelares da prisão domiciliar

Deputado federal Rogério Correia (PT)

O deputado federal Rogério Correia (PT) classificou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na manhã deste sábado (22), como uma “vitória da democracia”. A medida foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou o descumprimento das cautelares da prisão domiciliar.

Um dos motivos que levou o magistrado a tomar essa decisão foi a convocação de uma vigília na frente da casa de Bolsonaro, em um vídeo publicado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL). Segundo Rogério Correia, o ato poderia se tornar um “repeteco do 8 de janeiro”, uma vez que o parlamentar falava em “convocar o senhor dos exércitos” em uma referência à bíblia.

“Já tem três anos que Bolsonaro é julgado, teve amplo direito de defesa. Ele fez de tudo, menos se defender, e quando chega a hora de cumprir uma sentença da maior Corte brasileira, o Supremo Tribunal Federal, ele convoca uma manifestação em termos muito estranhos e incitando violência para o dia de hoje”, disse em entrevista à Itatiaia.

Conforme apurado pela Itatiaia, a Polícia Federal avaliou que o ato, marcado para ocorrer em frente ao condomínio onde Bolsonaro cumpre prisão domiciliar, representa risco concreto à ordem pública, aos participantes e aos agentes responsáveis pela segurança na área.

De acordo com Moraes, a vigília era um pretexto para uma tentativa de fuga. O magistrado também citou em sua decisão a suposta fuga do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), e da deputada Carla Zambelli (PL-SP), fatos lembrados por Rogério Correia à Itatiaia. “Evidentemente é que um clima de convulsão social era o que eles esperam mais uma vez”, disse.

O ex-presidente foi levado para uma sala na superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal e vai passar por audiência de custódia às 12h deste domingo (23), por meio de videoconferência. Após o processo, ele pode ser solto ou continuar preso.

Cabe lembrar que essa prisão não se trata da pena da condenação por tentativa de golpe, no qual Bolsonaro recebeu 27 anos e três meses de prisão. É possível que ele fique na PF até segunda-feira (24), quando acaba o prazo dos recursos do julgamento do golpe.

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Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.

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