O relator da CPMI do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), acusou o presidente da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), Carlos Roberto Ferreira Lopes, de ser um dos articuladores de fraudes que desviaram recursos de aposentados e pensionistas. A declaração foi feita durante depoimento de Lopes nesta segunda-feira (29), no Senado Federal.
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Principais pontos levantados na sessão:
- A Polícia Federal investiga denúncias de que entidades cadastravam beneficiários do INSS sem autorização, gerando descontos indevidos em mensalidades.
- A CPMI questionou a relação de Lopes com Cícero Marcelino, apontado como operador do esquema e considerado braço direito do presidente da Conafer.
- Marcelino seria dono de uma empresa que recebeu R$ 100 milhões da Conafer.
- Ele e Lopes mantêm sociedade em uma offshore nos EUA, alegadamente para criação de uma fintech.
- O nome de Marcelino também aparece como procurador de empresa ligada à esposa de Lopes.
- Esposas de ambos teriam disputado licitação envolvendo emendas parlamentares do deputado Euclydes Pettersen (Republicanos-MG), no valor de R$ 2 milhões.
- Um levantamento do INSS revelou que a Conafer registrou 95.818 novos associados em apenas quatro meses (abril a agosto de 2020), período em que vigoravam medidas mais rígidas de restrição pela pandemia.
Movimentos paralelos:
- O Ministério Público Federal pediu o arquivamento do processo contra o empresário Rubens Oliveira Costa, preso em flagrante por falso testemunho durante a CPMI no último dia 22.
- O presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG),
informou que solicitará à Advocacia do Senado recurso contra o encerramento do inquérito.