Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 16 anos de prisão por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) passou a usar suas redes sociais para contestar a decisão da Corte. Em uma série de vídeos publicados nesta sexta-feira (12), o parlamentar disse ser alvo de uma “farsa do Judiciário” e negou envolvimento na tentativa de golpe.
Ramagem argumenta que não foi citado pelo delator Mauro Cid, ex-ajudante do ex-presidente Jair Bolsonaro em nenhum dos depoimentos referentes ao ataque às sedes dos Três Poderes, mas que, mesmo assim, foi enquadrado como um dos articuladores do episódio.
“Não apareço em nenhuma delação, não há nenhuma prova contra mim. Ainda assim, me colocam como organizador de um ato do qual não participei”, declarou. O deputado também afirmou que deixou o governo Jair Bolsonaro ainda em março de 2022, antes dos
A decisão do STF atingiu diversos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenados por crimes como tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa. No caso de Ramagem, a Corte avaliou que sua atuação teria sido central na mobilização e no apoio político aos atos.
Apesar da condenação, a defesa do parlamentar deve recorrer.