A reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que analisaria nesta segunda-feira (29) o Projeto de Lei (PL) 3.733/2025, foi suspensa após a apresentação de 267 emendas, a maioria delas protocolada pela oposição.
O texto autoriza o governo de Romeu Zema (Novo) a
Entre os pontos mais polêmicos da proposta está a autorização para que, em caso de licitações fracassadas ou sem interessados, o Executivo possa conceder descontos progressivos de até 45% sobre o valor de avaliação dos imóveis.
O deputado Lucas Lasmar (Rede) comemorou o adiamento da votação do parecer na CCJ e classificou a decisão como uma derrota para o governo. “O governo sai derrotado novamente aqui na Comissão de CCJ que discute os projetos do
O deputado afirmou ainda que a oposição seguirá atuando para atrasar a tramitação do texto. “Nós estaremos aqui para obstruir, para a gente valorizar os imóveis, os servidores do estado de Minas Gerais que fazem um grande trabalho pelos mineiros”.
Segundo Lasmar, as emendas apresentadas pela oposição têm o objetivo de suprimir imóveis estratégicos da lista e alterar regras da alienação.
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Desconto previsto na lei
O deputado reforçou a crítica ao dispositivo do PL que prevê o abatimento de até 45% no preço de imóveis. Segundo Lasmar, a medida traz vantagem para o comprador que não participar das primeiras licitações, conseguindo um desconto significativo em imóveis de valores “milionários”.
“A gente fica preocupado porque a arrecadação que o governo quer, para bater a dívida que o próprio governo Zema negligenciou, vai sair fracassada. Então nós queremos retirar esses artigos que trazem esses descontos para que seja feito um pregão eletrônico, com uma concorrência ampla, para arrecadar o máximo possível”, disse.
Na visão de Lasmar, o mecanismo pode desvalorizar o patrimônio público e favorecer determinados grupos.
“Os compradores já vão saber que poderão ter 45% de desconto se não participar das primeiras licitações. Isso enfraquece cada dia mais as ações do governo. E eu acho que eles querem realmente beneficiar alguns empresários. E nós queremos mudar esse artigo na lei pra que isso não aconteça. Os pregões eletrônicos têm que acontecer sem essa questão dos 45% de desconto”.
O PL 3.733/2025 faz parte do