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‘Nome do plano era punhal, não era Bíblia verde e amarela’, diz Dino

Ministro considera que a violência é inerente a toda a narrativa que consta nos autos do processo

Ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino afirmou, durante seu voto na Primeira Turma da Corte nesta terça-feira (9), que o nome do plano interpelado pela Polícia Federal para assassinar autoridades, incluindo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, não era “Bíblia verde e amarela”, mas “punhal verde e amarelo”.

Ele considera que a violência é inerente a toda a narrativa que consta nos autos do processo, ainda. “O nome do plano era punhal, não era Bíblia verde e amarela. Os acampamentos não foram em porta de Igreja. Sei que se reza nos quartéis, mas sobretudo há nos quarteis metralhadora, fuzis, tanques”, pontua.

O ministro é o segundo a votar no processo que julga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete réus por cinco crimes envolvendo a suposta trama golpista que teria acontecido após as eleições de 2022. O primeiro a apresentar sua conclusão foi Alexandre de Moraes, relator do caso, que foi favorável à condenação de todos os acusados por todos os crimes.

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Jornalista pela UFMG, Lucas Negrisoli é editor de política. Tem experiência em coberturas de política, economia, tecnologia e trends. Tem passagens como repórter pelo jornal O Tempo e como editor pelo portal BHAZ. Foi agraciado com o prêmio CDL/BH em 2024.
Repórter de política em Brasília, com foco na cobertura dos Três Poderes. É formado em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) e atuou por três anos na CNN Brasil, onde integrou a equipe de cobertura política na capital federal. Foi finalista do Prêmio de Jornalismo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) em 2023.