O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou nesta terça-feira uma acareação entre o general Walter Braga Netto e o tenente-coronel Mauro Cid, marcada para o dia 24 de junho, às 10h, na sede da Corte. A decisão foi tomada no âmbito da ação que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados.
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O encontro foi solicitado pela defesa de Braga Netto, que apontou contradições entre os depoimentos prestados por ele e pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. “As declarações prestadas por Mauro Cid e pelo general Braga Netto são divergentes e precisam ser confrontadas presencialmente”, justificou a defesa.
Na mesma decisão, Moraes também autorizou uma segunda acareação no mesmo dia: às 11h, entre o ex-ministro Anderson Torres e o general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército. A defesa de Torres alegou que o depoimento de Freire Gomes traz pontos que “divergem frontalmente” da versão apresentada pelo ex-ministro da Justiça.
A decisão reforça o avanço da fase final da ação penal, que também prevê perícias e diligências pontuais antes das alegações finais. Na mesma decisão, o ministro negou pedidos que considerou protelatórios, como a
A Ação envolve, além de Bolsonaro, ex-ministros, militares e ex-assessores do governo anterior. A acusação central é a de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito após a derrota eleitoral de 2022. As investigações buscam esclarecer se houve articulação organizada para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).