Ouvindo...

Marina cita enchentes no Texas como ‘evento climático extremo’ e cobra financiamento de países ricos

Neste ano, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que vai deixar o Acordo de Paris, que estabelece metas para a diminuição do aquecimento global

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse, neste domingo (6), no Rio de Janeiro, que o enfrentamento às mudanças climáticas é questão central para o BRICS. A ministra citou o aumento de eventos climáticos extremos, como as enchentes do Texas, nos Estados Unidos, e do Rio Grande do Sul.

“O contexto geopolítico é desafiador e o contexto do agravamento da mudança do clima é mais desafiador ainda. Porque nós estamos vendo o que aconteceu nos Estados Unidos, um evento climático extremo que já ceifou dezenas de vidas de pessoas inocentes. Isso aconteceu aqui no Rio Grande do Sul, isso aconteceu com os incêndios, com as ondas de calor, acontece o tempo todo”, lembrou.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, neste ano, que vai deixar o Acordo de Paris, que estabelece metas para a diminuição do aquecimento global. O americano não deve participar da COP no Brasil.

Leia também

COP da Implementação

Ainda segundo Marina, os debates feitos no BRICS serão consolidados na COP30, em Belém.

“São mais de 500 mil vidas que são perdidas a cada ano em função de ondas de calor. Nós temos que usar os recursos tecnológicos, humanos, científicos e financeiros para fazer o enfrentamento da mudança do clima, dando o necessário sentido de urgência. A COP30 dialoga com o que está acontecendo aqui no debate do G20 e nós queremos que a COP30 seja a COP da implementação”, concluiu.

Financiamento

Mais uma vez, a ministra cobrou que os países ricos cumpram com as metas de financiamento.

“Queremos que possamos chegar na COP30 com NDCs que estejam alinhadas e não ultrapassem 1,5°C de temperatura da Terra. Esse é um esforço que é de países desenvolvidos e de países em desenvolvimento, sendo necessários os devidos meios de implementação: 1,3 trilhão de dólares a cada ano para poder ajudar os mais vulneráveis a fazerem as suas transições”, pontuou.

Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.