Ouvindo...

Mais de 320 mil aposentados em MG tiveram dinheiro do INSS devolvido, diz ministro da Previdência

O valor total já devolvido aos mineiros alcançou R$ 214 milhões

Ministro da Previdência afirmou que mais de 2 milhões de brasileiros foram ressarcidos após roubo no INSS

O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, afirmou nesta quinta-feira (23), em entrevista exclusiva ao Jornal da Itatiaia, que 323 aposentados e pensionistas em Minas Gerais já foram ressarcidos após descontos ilegais do INSS. O valor total já devolvido aos mineiros alcançou R$ 214 milhões.

“Nós estamos devolvendo o dinheiro para quem foi roubado. Isso no Brasil nunca aconteceu. Em Minas, temos R$ 214 milhões já devolvidos para 323 mil aposentados e pensionistas”, afirmou Wolney.

Ele ressaltou que os aposentados que foram lesados e ainda não buscaram a Previdência para reaver o dinheiro ainda pode buscar os órgãos federais até o dia 14 de novembro.

“Até o dia 14 de novembro o espaço está aberto para quem ainda não procurou a previdência social fazê-lo. O governo federal está com dinheiro em caixa querendo devolver ao aposentado e pensionista que teve o desconto feito. Pode procurar agência dos Correios. Fica mais fácil o acesso. Ou o aplicativo Meu INSS, pela internet”, explicou.

Valores nacionais

No cenário nacional, mais de 3 milhões de aposentados e pensionistas tiveram recursos devolvidos até agora, totalizando um valor de R$ 2,2 bilhões.

“Já devolvemos o recursos de forma total, tudo que foi descontado foi devolvido em parcela única, temos mais de 3,1 milhões de aposentados ressarcidos e temos mais de R$ 2,2 bilhões que já foram pagos a esses aposentados. O crédito extraordinária que o Congresso destinou para este fim foi de R$ 3,3 bilhões, é o que temos disponíveis, então temos tranquilidade que até o dia 14 de novembro não vamos gastar esse dinheiro todo”, disse Wolney.

Fraude no INSS

As fraudes no INSS vieram à tona após a Operação Sem Desconto , deflagrada pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU) no dia 23 de abril.

Segundo a PF e a Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social (CGINP) do Ministério da Previdência Social, o grupo criminoso atuava criando pessoas fictícias, falsificando certidões de nascimento, documentos de identidade e comprovantes de residência para fraudar o INSS.

Leia também

Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.
Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.