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Lula afirma que o governo federal não tem interesse em privatizar a Cemig

O presidente, que virá para a Grande BH na sexta-feira (29), também afirmou que a União não irá aceitar “massa falida” como forma de abater a dívida dos estados

Lula (PT), presidente do Brasil.

Com agenda confirmada na Região Metropolitana de Belo Horizonte na sexta-feira (29), o presidente Lula (PT) afirmou, em entrevista à Record Minas nesta quinta-feira (28), que o governo federal não irá aceitar “empresas não rentáveis” como forma de abatimento da dívida dos estados com a União. Falando especificamente sobre Minas Gerais, o petista declarou que não tem interesse em privatizar a Cemig.

“Se ficarmos com a Cemig, ela não será privatizada. Ela será moralizada publicamente e continuará sendo a grande empresa que é para os mineiros”, disse o presidente.

Atualmente, a dívida de Minas com a União ultrapassa os R$ 160 bilhões. O estado corre contra o tempo para conseguir abater 20% desse valor com a federalização de empresas estatais, entre elas a Cemig e a Copasa.

Em entrevista concedida na última terça-feira (26), o governador Romeu Zema (Novo) afirmou estar “confiante” de que a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) conseguirá avançar, em tempo hábil, com os projetos que estão em tramitação na Casa.

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Pelos termos do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados com a União (Propag), os estados interessados devem aderir até 31 de dezembro. No entanto, a manifestação dos ativos que pretendem usar para amortizar o valor deve ser feita até 30 de outubro.

Nesta quinta-feira, o presidente afirmou que o Propag foi um "ótimo acordo” e agradeceu aos parlamentares da ALMG pela aprovação da adesão de Minas ao programa. “Todos os estados terão que investir parte desse dinheiro também em educação, para garantirmos mais benefícios ao povo que mais necessita em Minas Gerais”, afirmou.

Jornalista pela UFMG com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia desde 2022, atuou na produção de programas, na reportagem na Central de Trânsito e, atualmente, faz parte da editoria de Política.