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Câmara aprova aumento da licença-paternidade para 20 dias a partir de 2027

Deputados aprovaram projeto que amplia o tempo de afastamento dos pais em três etapas; texto segue para o Senado

Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (4) a ampliação gradual da licença-paternidade no país. A proposta, de autoria da bancada do PSB e relatada por Pedro Campos (PE), aumenta o período atual de 5 dias para 20 dias, com implementação completa até 2029.

O texto ainda precisa ser analisado pelo Senado Federal antes de seguir à sanção presidencial. A nova lei está prevista para entrar em vigor em 1º de janeiro de 2027.

Como será a ampliação

O projeto estabelece um aumento progressivo da licença nos três primeiros anos:

  • 10 dias — no primeiro ano de vigência (2027);
  • 15 dias — no segundo ano (2028);
  • 20 dias — a partir do terceiro ano (2029).

Atualmente, apenas empresas que participam do Programa Empresa Cidadã já garantem 20 dias de licença aos funcionários.

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Direitos e garantias

Durante o período de afastamento, o trabalhador terá:

  • salário integral, respeitando o teto da Previdência Social;
  • proteção contra demissão sem justa causa por até 30 dias após o fim da licença;
  • direito ao fracionamento da licença, desde que metade do tempo seja utilizado logo após o nascimento ou adoção.

Acordo político e impacto financeiro

O relator Pedro Campos chegou a propor 30 dias de licença, mas reduziu o prazo para viabilizar um acordo entre governo e oposição, que consideraram a medida de interesse suprapartidário.

O custo estimado da ampliação é de cerca de R$ 5 bilhões por ano, valor que, segundo o relator, representa “um investimento na presença paterna e na primeira infância”, e não um gasto adicional.

Aline Pessanha é jornalista, com Pós-graduação em Marketing e Comunicação Integrada pela FACHA - RJ. Possui passagem pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação, como repórter de TV e de rádio, além de ter sido repórter na Inter TV, afiliada da Rede Globo.