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Governo de Minas estuda expandir a malha ferroviária para melhorar o transporte no estado

Plano prevê estudos para o ferroanel em BH, reativação da hidrovia do São Francisco e mais de 4 mil projetos rodoviários e ferroviários em todo o estado; investimentos passam dos R$ 500 bilhões

Estudos foram apresentados pelo governo do estado nesta quinta-feira (12)

A ampliação das ferrovias e a integração entre diferentes regiões de Minas estão entre os focos de um novo plano de transporte apresentado nesta quinta-feira (12) pelo governo de Minas. Entre as propostas listadas estão estudos para viabilizar um ferroanel em Belo Horizonte, que teria o objetivo de tirar o transporte de cargas da malha urbana da capital e da Região Metropolitana.

O levantamento prevê estudos sobre a possibilidade de criar um trem regional de passageiros entre Divinópolis e Belo Horizonte e a reativação da hidrovia do São Francisco, no Norte de Minas. Essa última proposta vem sendo discutida com o governo da Bahia e o Ministério de Portos e Aeroportos.

As ideias fazem parte do Plano Estadual de Logística e Transportes de Minas Gerais (PELT-MG), que reúne mais de 4.500 projetos rodoviários, ferroviários, hidroviários, aeroportuários e dutoviários. O plano vai servir como base para orientar investimentos públicos e privados nos próximos anos.

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As intervenções foram definidas com base no Plano Estadual de Logística e Transportes de Minas Gerais (PELT-MG), coordenado pela Secretaria de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra), em parceria com a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge). O investimento previsto é de R$ 513 bilhões.

“O ferroanel, o rodoanel e a integração com outros modais podem ajudar a organizar melhor o tráfego e aliviar a pressão sobre o transporte urbano”, afirmou Aaron Dalla, subsecretário de Transportes e Mobilidade (Seinfra).

Outro destaque do documento é a proposta de uma nova ligação ferroviária entre Unaí e Pirapora, no Noroeste mineiro. A intenção seria conectar duas grandes ferrovias — a Centro-Atlântica (FCA) e a Norte-Sul — facilitando o escoamento da produção agrícola da região.

“Queremos estruturar os projetos para que possam ser executados no futuro, de forma planejada”, disse Leandro Rodrigues e Silva, gerente de planejamento da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge).

Obras prioritárias

Ao todo, a carteira contempla 480 empreendimentos, incluindo 400 ações rodoviárias, 17 ferroviárias, 13 dutoviárias, 12 aeroportuárias e duas hidroviárias.

“É um planejamento que foi feito para os próximos dois anos, onde foram mapeados os gargalos logísticos tanto de cargas quanto de pessoas”, afirmou Aaron Duarte. “Os gargalos foram mapeados para os modos de transporte rodoviário, ferroviário, hidroviário, aquaviário e dutoviário”, disse.

O estudo identificou, por exemplo, que em Belo Horizonte o tempo e o custo do transporte são superiores à média estadual. Projetos como o Rodoanel Metropolitano estão entre os destaques para solucionar o problema.

“O Rodoanel é uma das iniciativas que visa melhorar essa situação. Minas Gerais é um estado central no Brasil, então as cargas passam por aqui, o que gera um fluxo de veículos muito grande”, explicou Dalla.

Graduado em jornalismo e pós graduado em Ciência Política. Foi produtor e chefe de redação na Alvorada FM, além de repórter, âncora e apresentador na Bandnews FM. Finalista dos prêmios de jornalismo CDL e Sebrae.