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A disputa interna acontece entre os nomes de Rodrigo Pacheco (PSD), quadro do partido que tem o apoio expresso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a disputa, e o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), cuja filiação ao PSD é ventilada desde o fim do ano passado.
“Não vou me antecipar aqui em relação ao futuro. Tratam-se de dois quadros da maior qualidade e eu sempre tomo um cuidado muito grande de a direção nacional não se envolver nas questões locais. A direção nacional é recursal. Eu posso dizer que os dois são grandes quadros da vida pública brasileira. Os dois têm um profundo conhecimento da gestão pública, são respeitados, têm conhecimento, são acadêmicos por excelência”, explicou
O presidente do PSD ainda afirmou ter a “a mesma admiração” por Rodrigo Pacheco quanto por Mateus Simões. Kassab ponderou que o partido tem vários nomes de destaque no cenário nacional e estadual, citando figuras como o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), e Pacheco, além de nomes como o deputado estadual e presidente da sigla em Minas, Cássio Soares. “O PSD de Minas Gerais é um partido de extraordinários quadros”, pontuou.
Sobre a possível filiação de Simões, que chegou a ser aventada para o evento desta segunda-feira, Kassab reforça não poder falar em nome do vice-governador. “Afinal de contas, a filiação de alguém que está na vida pública é algo muito sério, mas posso dizer que com a experiência que eu tenho, um quadro como ele sempre soma. E será muito bem-vindo se essa for sua vontade”, afirmou.
Cássio Soares, por sua vez, defendeu que o período eleitoral está “muito distante” para que se defina quem será o candidato do partido neste momento. “Ainda não temos essa clareza. Nós temos muitos problemas para serem resolvidos de imediato e no momento oportuno, adequado, juntamente com todos os parlamentares, filiados, nós vamos amadurecer essa questão. É muito ruim esse gesto para a população de que (apesar de) tamanhos problemas que Minas enfrenta hoje, a gente fica antecipando o processo eleitoral. É um gesto negativo que a gente dá e o PSD não vai”, defendeu.
Kassab diz não haver racha no PSD em Minas
Questionado sobre um possível racha no partido em Minas Gerais devido à indecisão em relação ao nome que vai disputar o governo do estado em 2026, Kassab foi enfático em negar a possibilidade. “Não existe racha nenhum. O PSD vai ter o seu rumo, um rumo evidentemente alinhado com a direção nacional, com os rumos alinhados com a direção nacional. Racha existe quando não existe respeito”, defendeu.
Sobre Rodrigo Pacheco, o diretor do PSD afirmou que não falta “respeito e admiração” pelo ex-presidente do Congresso Nacional, e que independente de qual for o caminho que ele escolher na política, ainda existirá esse apreço. “Isso é uma questão pessoal minha, mas também partidária. Agora, o PSD de Minas Gerais tem que ter o seu rumo, está sendo muito bem conduzido pelo presidente Cássio, que fez o partido crescer. Veja o dia de hoje, um partido que caminha para ter 170 prefeitos, o maior partido do estado de Minas Gerais. É um partido que tem condições de ter uma candidatura própria, que tem condições de definir seu caminho”, continuou.
Sobre quando seria tomada a decisão dos rumos que o PSD mineiro vai seguir, Kassab ponderou que Pacheco é “muito inteligente” e que a pergunta tem que ser dirigida tanto a ele quanto a Mateus Simões. “A direção nacional não se envolve”, concluiu.