O deputado federal Nikolas Ferreira (PL) se defendeu, nesta terça-feira (8), da
O órgão afirma que os três parlamentares teriam feito uma “campanha sistemática de desinformação” e difamação contra o ex-prefeito Fuad Noman (PSD) no segundo turno das eleições de 2024, quando ele disputava contra Engler pela cadeira no Executivo de BH.
“Estão querendo cassar os meus direitos políticos por que fiz rachadinha? Por que coloquei dinheiro na cueca? Porque quebrei estatais? Não. Estão querendo me deixar inelegível porque denunciei um livro pornográfico do antigo prefeito de Belo Horizonte. Não posso falar e denunciar mais?”, declarou Nikolas na Tribuna da Câmara.
Denúncia do MP
O MP afirma que a ação, intitulada de “campanha sistemática de desinformação”, teria operado em duas frentes:
- Exploração de trechos descontextualizados de uma obra literária de autoria de Fuad;
- Falsa imputação de responsabilidade pela suposta exposição de crianças a conteúdo impróprio durante um festival internacional de quadrinhos organizado pela Prefeitura de BH.
As ações, segundo o MP Eleitoral, teriam como objetivo “desqualificar” Fuad e “angariar vantagem eleitoral” para Bruno Engler e Coronel Cláudia, que disputavam o segundo turno.
Nos vídeos — que se tornaram alvo da denúncia na Justiça Eleitoral — Nikolas e Engler faziam críticas ao livro “Cobiça”, escrito por Fuad em 2020. A obra, de caráter ficcional, narra a história de uma mulher que viaja ao interior de Minas Gerais e se reconecta com memórias antigas.
O deputado federal Nikolas, apoiador da candidatura de Engler, chegou a acusar Fuad de escrever um livro “pornográfico”. Para o MP, o parlamentar, de forma “leviana e injusta”, conectou a obra de ficção a um evento real, dando a entender que o prefeito endossaria práticas ilícitas.
Na época, a Justiça Eleitoral chegou a determinar que o vídeo fosse excluído das redes sociais, atendendo a um pedido de direito de resposta feito pela campanha de Fuad.
A Itatiaia procurou os deputados estaduais Delegada Sheila e Bruno Engler, a militar Coronel Cláudia e o deputado federal Nikolas Ferreira, mas, até o momento, não obteve retorno.
