O vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou nesta terça-feira (15) que o governo brasileiro está aberto a negociar a ampliação do prazo para responder ao
“Se houver necessidade de mais prazo, vamos trabalhar nesse sentido”, declarou Alckmin ao fim de uma reunião com representantes da indústria nacional, realizada na sede do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, em Brasília.
O encontro durou cerca de duas horas e reuniu 18 representantes de empresas e entidades do setor produtivo, que pediram ao governo uma reação coordenada, mas cautelosa, à decisão dos EUA, que deve entrar em vigor no dia 1º de agosto.
Segundo Alckmin, a reunião foi “muito proveitosa” e serviu para ouvir sugestões do setor industrial. Uma das propostas apresentadas foi o pedido de prorrogação do prazo de início da tarifa em até 90 dias, para permitir mais tempo de negociação e articulação diplomática.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, destacou que o governo demonstrou que não deve reagir de forma intempestiva, para evitar que a resposta seja interpretada como uma disputa direta com os Estados Unidos.
“O que nós entendemos dessa reunião é que o Brasil não se precipitará, de forma nenhuma, em medidas de retaliações para que elas não sejam interpretadas como simplesmente uma disputa. O que nós queremos é o entendimento”, declarou Alban.
A medida norte-americana afeta exportações de produtos como aço, alumínio e derivados químicos. O governo brasileiro, segundo Alckmin, está avaliando com calma quais instrumentos usar, em diálogo com os empresários e com a diplomacia brasileira.
A expectativa é que novas reuniões aconteçam nos próximos dias, com foco em uma resposta estratégica e equilibrada ao aumento das tarifas.
