Criminosos utilizavam cafeína pra batizar cocaína em São Paulo

Com 80 toneladas de cafeína, os criminosos produziram 240 toneladas de cocaína, diz investigação

Duas pessoas foram presas pela Polícia Civil de São Paulo nesta quarta-feira (17)

A Polícia Civil de São Paulo desarticulou uma quadrilha que usava cafeína para adulterar cocaína. O esquema movimentou R$ 25 milhões. Duas pessoas foram presas durante a operação realizada nesta quarta-feira (17) na capital paulista e em Santana de Parnaíba, no interior do Estado.

A cafeína adquirida era misturada a outros insumos e ao cloridrato de cocaína. Segundo os investigadores, os criminosos utilizam a proporção de um para três. Com isso, a suspeita é que eles utilizaram 80 toneladas de cafeína para produzir 240 toneladas de cocaína.

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“Temos os apontamentos que essa cafeína foi distribuída para diversos traficantes e usada para batizar a cocaína. Conseguiu-se fabricar até 240 toneladas de cocaína. A cafeína é utilizada para que possa ganhar peso e volume”, destacou o delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian, durante coletiva nesta quarta.

Durante o cumprimento dos mandados na parte da manhã foram apreendidos 12 carros, duas motos, valores em espécie, celulares e duas armas, sendo uma metralhadora e uma pistola.

Os detalhes da investigação

As investigações pela 1ª Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) começaram entre setembro e outubro, quando um homem foi detido com mais de meia tonelada de cafeína em Guarulhos, na região metropolitana. Com o trabalho de inteligência policial, foi descoberto que o produto era utilizado como insumo para o preparo e adulteração de cocaína.

O grupo criminoso pagou R$ 11,7 milhões para adquirir as cargas de cafeína entre março de 2024 e e outubro de 2025. O esquema fraudulento envolvia empresas fantasmas com a participação de sócios ocultos.

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Correspondente da Rádio Itatiaia em São Paulo. Apresentador do quadro Palavra Aberta e debatedor do Conversa de Redação. Ingressou na emissora em 2023. Começou no rádio comunitário aos 14 anos. Graduou-se em jornalismo pela PUC Minas. No rádio, teve passagens pela Alvorada FM, BandNews FM e CBN, no Grupo Globo. Na Band, ocupou vários cargos até chegar às funções de âncora e coordenador de redação na Band News FM BH. Na televisão, participava diariamente da TV Band Minas e do Band News TV. Vencedor de nove prêmios de jornalismo. Em 2023, foi reconhecido como um dos 30 jornalistas mais premiados do Brasil.

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