A Polícia Civil de
A cafeína adquirida era misturada a outros insumos e ao cloridrato de cocaína. Segundo os investigadores, os criminosos utilizam a proporção de um para três. Com isso, a suspeita é que eles utilizaram 80 toneladas de cafeína para produzir 240 toneladas de cocaína.
“Temos os apontamentos que essa cafeína foi distribuída para diversos traficantes e usada para batizar a cocaína. Conseguiu-se fabricar até 240 toneladas de cocaína. A cafeína é utilizada para que possa ganhar peso e volume”, destacou o delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian, durante coletiva nesta quarta.
Durante o cumprimento dos mandados na parte da manhã foram apreendidos 12 carros, duas motos, valores em espécie, celulares e duas armas, sendo uma metralhadora e uma pistola.
Os detalhes da investigação
As investigações pela 1ª Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) começaram entre setembro e outubro, quando um homem foi detido com mais de meia tonelada de cafeína em Guarulhos, na região metropolitana. Com o trabalho de inteligência policial, foi descoberto que o produto era utilizado como insumo para o preparo e adulteração de cocaína.
O grupo criminoso pagou R$ 11,7 milhões para adquirir as cargas de cafeína entre março de 2024 e e outubro de 2025. O esquema fraudulento envolvia empresas fantasmas com a participação de sócios ocultos.