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Em BH, Lula chama Bolsonaro de ‘coisa’ e diz que recebeu o país ‘destruído’

O presidente está na capital mineira para o lançamento do programa social ‘Gás do Povo’, que substituirá o Auxílio Gás e beneficiará cerca de 50 milhões de pessoas

Lula (PT), presidente do Brasil.

Em Belo Horizonte, o presidente Lula (PT) alfinetou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante o lançamento do programa popular “ Gás do Povo”. O petista afirmou que, quando venceu as eleições em 2022, encontrou o país “um pouco desajustado”. “Não sei se alguém aqui já alugou uma casa para alguém e, quando foi pegar a casa de volta, ela estava toda esburacada, com pregos para todo lado e com vazamentos. Encontramos o país assim porque aquela coisa [se referindo a Bolsonaro] deixou assim. Ele destruiu este país”, declarou.

O presidente continuou dizendo que a ideia de Bolsonaro era construir uma “casa verde e amarela”, mas que tal projeto de governo não foi efetivado na prática. “Ele pode ter sangue amarelo, mas o meu é vermelho! Da cor do sangue de todo mundo, de toda humanidade. Nem barata tem sangue amarelo”, afirmou Lula.

Sétima visita a Minas Gerais

Essa é a sétima visita do presidente a Minas Gerais só em 2025. O petista esteve na última semana em Contagem, na região metropolitana de BH, e em Montes Claros, no norte do estado.

Originalmente, nesta quinta-feira (4), Lula também visitaria o município de Ouro Preto, onde participaria da reinauguração de uma mina da Vale, na região Central. No entanto, esse evento deve ser remarcado.

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No Aglomerado da Serra, a maior comunidade de Minas Gerais, Lula lançou o programa que oferecerá gratuidade no botijão de gás de cozinha para mais de quinze milhões de famílias brasileiras, segundo avaliação do governo federal.

O novo programa substituirá o Auxílio Gás e deverá beneficiar cerca de 50 milhões de pessoas.

Julgamento de Bolsonaro

Em São Paulo, na última terça-feira (2), o presidente Lula foi questionado sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus pela suposta tentativa de golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF). O petista defendeu a presunção de inocência e disse que espera que “a justiça seja feita”. “Desejo para mim e para qualquer inimigo meu apenas o direito à presunção da inocência, para que o Brasil saiba da verdade e apenas da verdade”, disse o presidente.

Os réus do chamado “núcleo crucial” das investigações serão julgados pela Primeira Turma do Supremo:

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
  • Alexandre Ramagem, deputado federal e diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro;
  • Almir Garnier, comandante da Marinha no governo Bolsonaro;
  • Anderson Torres, ministro da Justiça no governo Bolsonaro e secretário de Segurança do Distrito Federal durante os atos de 8 de janeiro de 2023;
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ministro da Defesa no governo Bolsonaro;
  • Walter Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro e ministro da Casa Civil e da Defesa durante a gestão do ex-presidente.

Os réus serão julgados pela Primeira Turma do STF ao longo de duas semanas, em cinco sessões, com a expectativa de sentença apenas no último dia.

Jornalista pela UFMG com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia desde 2022, atuou na produção de programas, na reportagem na Central de Trânsito e, atualmente, faz parte da editoria de Política.