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Lula pede desculpas a Damião e adia assinatura de compra de 100 ônibus elétricos para BH

Segundo Lula, um desentendimento com a assessoria do Palácio do Planalto, acabou adiando o anúncio que era previsto para semana passada, ainda na agenda em Contagem

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que não assinará, nesta quinta-feira (4), a confirmação de repasses de verba do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para obras de construção de vias exclusivas para transporte público, além de compra de uma frota de 100 ônibus elétricos em Belo Horizonte. A fala ocorreu no início da tarde desta quinta-feira durante agenda no Aglomerado da Serra, na região centro-sul de Belo Horizonte.

Segundo Lula, um desentendimento com a assessoria do Palácio do Planalto, acabou adiando o anúncio que era previsto para semana passada, ainda na agenda em Contagem. Pelo desencontro de informações, Lula pediu desculpas ao prefeito Álvaro Damião (União Brasil), que estava no palco durante o evento.

“Quero pedir desculpas ao prefeito de Belo Horizonte, na frente de todos vocês. Eu, na semana passada, fui à Contagem, e eu fui anunciar, um R$1,1 bilhão, para fazer três estações de metrô chegando à Contagem. E eu tinha que anunciar, naquele mesmo dia, o equivalente a R$480 milhões de reais para consertar avenidas, para fazer corredores para transporte, e comprar 100 ônibus elétricos. Eu não assinei lá porque eu queria assinar aqui”, disse.

“Quando eu chego aqui, descubro que alguém da minha assessoria, lá em Brasília, por conta própria, decidiu que não era para assinar aqui porque não combinava um programa nacional. Eu só marquei hoje aqui para assinar esse negócio da frota. Agora, meu cara, como eu já vim aqui duas vezes, e você não foi nenhuma vez lá, você vai para Brasília. Vai para a Brasília acompanhado do Pacheco e dos deputados aqui de Minas Gerais e dos vereadores”, concluiu.

De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte, são R$ 317 milhões referentes aos 100 ônibus elétricos, que serão comprados pela Prefeitura. As informações foram fornecidas pelo superintendente de mobilidade urbana, André Dantas, em coletiva de imprensa no fim do ano passado. À época, ele explicou que os ônibus irão atuar em regime de comodato, um tipo de empréstimo que acontece de forma gratuita. “São bens da prefeitura que irão ser fiscalizados pela prefeitura”, explicou o superintendente.

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Jornalista graduado pela PUC Minas; atua como apresentador, repórter e produtor na Rádio Itatiaia em Belo Horizonte desde 2019; repórter setorista da Câmara Municipal de Belo Horizonte.