Após a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado estadual pelo Partido Liberal (PL) em Minas Gerais,
O despacho afirma que a
“A lei no Brasil já deixou de valer há muito tempo. A Constituição já foi rasgada há muito tempo. Se amanhã o Alexandre de Moraes decidir que ele não vai com a cara do Flávio, ele manda prender o Flávio. Se amanhã ele decidir que ele não vai com a minha cara, ele manda me prender. Ele faz o que ele quiser nesse país. Então, não tem como prever”, afirmou o deputado Bruno Engler à Itatiaia.
O parlamentar também disse que a prisão preventiva de Bolsonaro se trata de mais um “abuso” e mais uma “perseguição de Alexandre de Moraes” contra o ex-presidente. De acordo com o Bruno Engler, em entrevista à Itatiaia, o Bolsonaro foi punido por “ação de terceiro”, já que foi senador Flávio Bolsonaro (PL) quem convocou a vigília.
“Isso aí é um escárnio, é um total desrespeito ao Estado Democrático de Direito. Primeiro que o presidente Bolsonaro está sendo punido por ação de terceiro. Não foi ele quem chamou a vigília, foi seu filho Flávio. E segundo, vigília de oração é crime, onde? Eu até faço um questionamento, quão endemoniado você tem que ser para ficar tão indignado com a vigília de oração que você determina a prisão de alguém”, afirmou.
Prisão de Bolsonaro
Segundo a decisão de Moraes, a prisão preventiva foi decretada porque Jair Bolsonaro descumpriu as medidas cautelares da prisão domiciliar.
De acordo com informações do Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal, o ex-presidente também tentou romper a tornozeleira eletrônica por volta das 00h deste sábado (22).
“A informação consta da intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho”, disse Moraes.
Vale lembrar que essa prisão não se trata da pena da condenação por tentativa de golpe, no qual Bolsonaro recebeu 27 anos e três meses de prisão. É possível que ele fique na PF até segunda-feira (24), quando acaba o prazo dos recursos do julgamento do golpe.
Em nota, a defesa de Bolsonaro afirmou que recebeu a decisão com “profunda perplexidade” e que vai recorrer. Os advogados também tentavam que a condenação em regime fechado pela tentativa de golpe fosse revertida em prisão domiciliar, mas o pedido foi negado por Moraes.
“Apesar de afirmar a “existência de gravíssimos indícios da eventual fuga”, o fato é que o ex-Presidente foi preso em sua casa, com tornozeleira eletrônica e sendo vigiado pelas autoridades policiais. Além disso, o estado de saúde de Jair Bolsonaro é delicado e sua prisão pode colocar sua vida em risco”, disseram os advogados.