Eduardo pede para que seguidores não desanimem com prisão de Bolsonaro: ‘Não acabou’

Deputado Federal gravou um vídeo dos Estados Unidos, onde mora desde março, para motivar os apoiadores do ex-presidente

Eduardo Bolsonaro afirmou que vai continuar trabalhando pela anistia

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pediu para que os seguidores não desanimem com a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), decretada neste sábado (22), pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Filho 03 de Bolsonaro, o parlamentar gravou um vídeo afirmando que vai continuar trabalhando para “fazer justiça no Brasil”.

“O nosso adversário quer que estejamos desesperados. Ele, intencionalmente, espera um desânimo e o sentimento de já acabou. Não acabou. Nós somos corajosos, temos a verdade ao nosso lado, e também temos instrumentos. A gente vai continuar, mais do que nunca, trabalhando para se fazer justiça no Brasil”, disse.

Eduardo, que está autoexilado nos Estados Unidos desde o início do ano, disse que é preciso focar em pautar a anistia ampla, geral e irrestrita no Congresso Nacional. “É chegado o momento de colocar energia máxima e não permitir que o Brasil seja quintal de ditadores”, completou.

Segundo a decisão de Moraes, a prisão preventiva foi decretada porque Jair Bolsonaro descumpriu as medidas cautelares da prisão domiciliar. O despacho afirma que a vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL) na frente do condomínio do pai, era um pretexto para causar desordem pública e facilitar uma fuga.

De acordo com informações do Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal, o ex-presidente também tentou romper a tornozeleira eletrônica por volta das 00h deste sábado.

“A informação consta da intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho”, disse Moraes.

Cabe lembrar que essa prisão não se trata da pena da condenação por tentativa de golpe, no qual Bolsonaro recebeu 27 anos e três meses de prisão. É possível que ele fique na PF até segunda-feira (24), quando acaba o prazo dos recursos do julgamento do golpe.

Em nota, a defesa de Bolsonaro afirmou que recebeu a decisão com “profunda perplexidade” e que vai recorrer. Os advogados também tentavam que a condenação em regime fechado pela tentativa de golpe fosse revertida em prisão domiciliar, mas o pedido foi negado por Moraes.

“Apesar de afirmar a “existência de gravíssimos indícios da eventual fuga”, o fato é que o ex-Presidente foi preso em sua casa, com tornozeleira eletrônica e sendo vigiado pelas autoridades policiais. Além disso, o estado de saúde de Jair Bolsonaro é delicado e sua prisão pode colocar sua vida em risco”, disseram os advogados.

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Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.

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