O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Edinho Silva, afirmou nesta terça-feira (9) que cabe ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, definir como irá superar a “contradição” de apoiar o presidente Lula (PT) em Minas Gerais enquanto permanece no PSD do vice-governador Matheus Simões, aliado direto de Romeu Zema (Novo).
“É o [Alexandre] Silveira que tem que dizer… evidente que ele terá que resolver essa contradição”, disse Edinho, ao admitir que Silveira é uma das principais lideranças pró-Lula no estado e tem a confiança do presidente.
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Segundo Edinho, se Simõs estivesse aberto a compor com Lula, isso já teria sido sinalizado. “Se o Mateus quisesse apoiar o presidente Lula, teria declarado apoio. Ele não fez isso. Ao contrário, ele conta com o apoio do Zema, que é um dos governadores que mais faz oposição sistemática ao presidente Lula”, afirmou ele.
Ele destacou que Minas Gerais exigirá esforço a mais para articular um palanque governista competitivo em 2026, com uma costura com lideranças do “campo democrático”. Ainda assim, ele garantiu que o cenário será favorável a Lula: “Não tenho nenhuma dúvida que vamos construir um palanque muito forte”.
Edinho evitou apontar uma saída específica para Silveira, como romper com o PSD, por exemplo, mas reforçou que a ambiguidade não poderá continuar até a campanha. “Como ele vai resolver essa contradição… pode ser que haja algum acordo de convivência com o PSD, pode ser que não”, explicou ele.